Camarote do Vale prestará homenagem a Dominguinhos

Por Ricardo Banana
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imagemNatural de Garanhuns, interior pernambucano, José Domingos de Morais tornou-se o exímio sanfoneiro que marcou seu nome de forma indelével na cultura popular do Brasil logo cedo. Seu interesse pela música foi despertado pela influencia do seu pai, mestre Chicão, conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas. Aprendeu a tocar o instrumento símbolo da musicalidade nordestina com apenas seis anos de idade, quando ganhou um acordeão de oito baixos. Junto com seus irmãos formou o grupo Três Pingüins, e tocava na rua em troca de alguns trocados. Ainda garoto aprendeu a tocar as sanfonas de 48, 80 e 120 baixos.

Com apenas nove anos conheceu aquele que viria a ser o seu padrinho musical, o Mestre Lua, Luiz Gonzaga. Impressionado com seu talento, o Rei do Baião o levou para o Rio de Janeiro 1954. Dali em diante Dominguinhos passou a integrar a equipe de músicos de Gonzagão, que tornou-se seu grande amigo e parceiro que o batizou de Dominguinhos, apelido com o qual se consagrou.

Ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira, Dominguinhos gravou mais de 40 discos e compôs clássicos da música brasileira como “Eu só quero um xodó”, “Isso aqui tá muito bom”, “Gostoso demais”, “Lamento sertanejo” e tantos outros.

Artista premiado, Dominguinhos coleciona importantes honrarias como o Grammy Latino de 2002 com CD “Chegando de mansinho”, Prêmio TIM de 2007 na categoria Melhor Cantor Regional e o Prêmio Shell de Música de 2010.

Infelizmente a brilhante carreira do renomado instrumentista e compositor foi interrompida no fim 2012 devido a problemas de saúde relacionados com arritmia cardíaca e infecção respiratória. Dominguinhos foi internado no Recife e posteriormente transferido para o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde entrou em estado de coma irreversível segundo os médicos.

Recentemente, Dominguinhos alegrou a todo o país apresentando uma discreta melhora em seu quadro clínico, mas até o momento sem previsão de que retome totalmente a consciência.

Diante não apenas das dificuldades enfrentadas por Dominguinhos no momento, mas principalmente pela sua história de vida e sua inegavelmente grandiosa obra é que o Camarote do Vale vai homenageá-lo. O São João do Nordeste fica incompleto sem a presença deste artista e de alguma forma ele deve ser lembrado.

A campanha Viva Dominguinhos! vai lembrar a imagem artista, inserindo-o dentro do contexto do Camarote em tudo o que for possível, desde a decoração até outros detalhes, com o intuito de recordar àqueles que já conhecem e apresentar àqueles que não conhecem toda história e a obra do afilhado do Rei do Baião.

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1 comentário

roberio mendonça 12 de junho de 2013 - 18:46

é, o que é bom já nasce feito.

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