Codevasf desliga água e energia das famílias do Projeto Pontal sobre forte aparato policial

Por Ricardo Banana
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As 600 famílias dos assentamentos Dom Tomaz e Democracia que estão produzindo na área do Projeto Pontal, zona rural de Petrolina, tiveram uma terça-feira turbulenta para manter as suas áreas produzindo e colhendo hortifrutigranjeiros para suas sobrevivências.

Nem tinha amanhecido e a Companhia de Desenvolvimento dos rios Parnaíba e Francisco – Codevasf já reprimia as famílias e autoriza o desligamento dos seus equipamentos, por parte Companhia Energética de Pernambuco (CELPE).

Mesmo as famílias cumprindo todos os acordos determinados pela justiça e pela a CODEVASF, a entidade não abriu um diálogo para flexibilizar a permanência dos camponeses nos 400 hectares. Na tarde de hoje (27), a companhia tomou mais uma atitude absurda, interrompendo a passagem da água no canal, que veio a prejudicar ainda mais as famílias dos agricultores que estão com suas lavouras totalmente comprometidas.

O Incra, através de sua assessoria jurídica e de advogados dos camponeses, ainda tenta cancelar o processo de licitação dos lotes. Segundos os juristas, o edital está completamente errado e que o tribunal poderá cancelar pedir o cancelamento  licitatório.

Nosso comentário:

A Codevasf deveria licitar os 7000 ha estão desocupados e transformar os 400 lotes em área de interesse social, sendo vendida para o Incra que já dispõe de R$ 20 milhões para compra de área para assentar as 400 famílias. Seria mais prático do que retirá-las, já que estão produzindo em regime familiar para suas sobrevivências. O que está faltando, na realidade, é o bom senso e uma boa conversa para resolver o impasse.

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