CPI do Cachoeira quebra sigilos de Agnelo Queiroz e Marconi Perillo

Por Ricardo Banana
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Em votação unânime, a CPI do Cachoeira aprovou na manhã desta quinta-feira (14) o requerimento que quebra os sigilos dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Os dois prestaram depoimento na comissão nesta semana e já haviam autorizado o acesso a seus dados.

Ambos foram à comissão explicar as suspeitas que pairam sobre suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, que está preso desde fevereiro e é apontado pela Polícia Federal como chefe de uma quadrilha que atuava em Goiás e no Distrito Federal.

Agnelo foi o primeiro a autorizar a quebra dos sigilos, na tarde de quarta-feira (13), durante depoimento na CPI. Em seguida, com a pressão dos parlamentares, Perillo — que havia falado à comissão um dia antes — ligou para um dos colegas tucanos e disse que também disponibilizaria suas informações.

A quebra será dos sigilos telefônico, de SMS, telemático (internet), bancário e fiscal e atingirá os últimos dez anos.

Perillo foi convocado pelos parlamentares para explicar as contradições sobre a venda de uma casa em 2011 no valor de R$ 1,4 milhão para Cachoeira, além de oito nomeações para a administração de Goiás que teriam ocorrido sob influência do contraventor.

Ele depôs por quase nove horas na última terça (12) e negou qualquer relação com o bicheiro. O tucano disse ter vendido a casa para o empresário Walter Paulo Santiago, que depois emprestou o imóvel para a mulher do bicheiro, Andressa Mendonça.

O governador de Goiás também negou influência em seu governo. Segundo ele, o grupo de Cachoeira não entregou listas para nomeações nem tinha controle de nenhuma secretaria.

Agnelo, por sua vez, foi convocado para se defender de acusações de favorecimento à construtora Delta em contratos de coleta de lixo no Distrito Federal. A empresa é apontada pela Polícia Federal como um dos braços do esquema de corrupção do contraventor.

O petista negou que tenha beneficiado a empresa e disse que, inclusive, determinou auditoria no contrato feito com a Delta para controle do lixo no DF. Ele também negou que seus auxiliares atuassem em favor de Cachoeira e seus comparsas.

R7.com

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