Dia internacional da Tireóide: distúrbios na tireóide podem afetar memória e batimentos cardíacos

Por Ricardo Banana
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Hoje (25.05), dia Internacional da Tireóide, diversas ações de divulgação e orientação sobre as doenças da tireóide são realizadas no Brasil e em mais de 65 países. O tema escolhido este ano é “Mitos e Fatos sobre a Tireóide”.

A tireóide é uma glândula endócrina localizada na base da parte anterior do pescoço, que produz hormônios importantes para o funcionamento do corpo humano. Influencia desde os batimentos cardíacos, memória e humor até o bom ou mal funcionamento intestinal.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a tireóide tem como função primária a produção dos hormônios T4 e T3, que atuam no controle da taxa metabólica e na síntese de proteína nos mais diversos sistemas do nosso organismo. O não funcionamento adequado da glândula pode ser caracterizado pelo excesso (hipertireoidismo) ou deficiência (hipotireoidismo) dos seus hormônios, levando a diversas repercussões clínicas.

Um dos problemas mais frequentes da tireóide são os nódulos, alerta a SBEM. Estima-se que 60% da população brasileira os desenvolverão em algum momento da vida. A maioria desses nódulos são benignos e provavelmente vão passar desapercebidos, pois são muito pequenos e não palpáveis, não gerando repercussões clínicas. Apenas 5% deles são malignos.

A identificação precoce pode ser decisiva e a palpação da tireóide é fundamental nesse processo. Nas últimas décadas, a facilitação de acesso aos métodos de diagnóstico complementar e a popularização dos “check ups” tem gerado um diagnóstico excessivo de alterações em exames hormonais e na detecção de nódulos na tireóide.

A tireóide interfere, também, no funcionamento de outras glândulas, tendo influência no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais e fertilidade; no controle do peso e até mesmo em funções cerebrais como memória e humor.

No hipertireoidismo ocorre um excesso de funcionamento no organismo, com palpitações, taquicardia, tremores, agitação e perda de peso. No hipotireoidismo observamos o oposto, o paciente fica lento, sonolento, deprimido, com falta de atenção e memória. Nas duas situações pode ocorrer o aumento do volume da tireóide, também conhecido como bócio.

Por ter um papel fundamental na regulação de todo o organismo, a tireóide precisa ser acompanhada, sobretudo em mulheres após os 35 anos, quando aumentam as chances de ter algum problema na glândula. Por isso, fique em dia com seu médico e faça sempre o check-up!

*Da assessoria do IMIP Recife.

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