Economia derrete com insistência de Temer em permanecer no Planalto

Por Ricardo Banana
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Michel Temer decidiu ficar no cargo e a economia brasileira já sofre as consequências: a bolsa despencou, e o dólar teve a maior alta em mais de 18 anos.

A moeda norte-americana subiu 8,15%, a R$ 3,389 na venda.

No primeiro pregão após as denúncias, o cenário foi de pânico; a Bolsa perdeu R$ 219 bilhões em apenas um dia. O anúncio de Temer na tarde desta quinta-feira, 18, de que não renunciaria agravou o cenário de turbulência. O Índice Bovespa fechou em queda de 8,80%, aos 61.597,05 pontos – o maior recuo desde 22 de outubro de 2008.

O Ibovespa chegou a cair mais de 10% e o circuit breaker foi acionado. Esse mecanismo trava as negociações diante de fortes oscilações no mercado e não era utilizado também desde 2008, durante a crise financeira dos EUA.

As informações são de reportagem do Estado de S.Paulo.

“’O nervosismo de hoje foi só o começo. Enquanto não se perceber uma saída para a crise política, o mercado ficará ao sabor das notícias de boatos. Nesse contexto, o investidor não toma decisões, assume postura defensiva e o Brasil vai parar’, analisa Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria. “Quanto mais tempo o governo prolongar essa fase agônica, pior. O mínimo que se espera é uma solução constitucional, para que o País caminhe até 2018.”

Fechado a R$ 3,389, com alta do 8,15%, o dólar teve o maior valor de fechamento desde dezembro de 2016, quando, no dia 16, o dólar terminou o dia vendido a R$ 3,3906. Segundo a agência Reuters, a alta desta quinta foi a maior desde o início de 1999, quando houve a maxidesvalorização do câmbio.  (247)

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