Em homenagem a memória de Geomarco, senador Fernando Bezerra destaca momentos percorridos com o prefeito de Dormentes

Por Ricardo Banana
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Entre as personalidades petrolinenses presentes ao sepultamento do prefeito de Dormentes, Geomarco de Souza (PSB), ocorrido neste sábado (23), o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), emocionou o público com uma oratória recheada de argumentos pertinentes e sólidos, baseados no cotidiano da trajetória política que teve com o  prefeito da Terra da Caprinovinocultura.

FBC disse que viajou de Petrolina a Dormentes para fazer uma visita que não desejou e que jamais imaginasse que pudesse acontecer e que quando chegou à casa de Dona Mariá, abraçou seu Zezinho e dona Mariá, pais de Geomarco, tal episódio o fez rememorar da morte do tio dele, o senador Nilo Coelho. Fernando ressaltou que dona Mariá repetiu umas palavras que ela já tinha ouvido há muitos anos atrás da avó dele, dona Josefa, que quando o corpo do senador (Nilo) chegou a casa dela, ela abraçando os filhos dizia. “Como é possível uma mãe enterrar o filho! E dona Mariá repetiu ontem com toda dor e tristeza a mesma frase que ouvir da minha avó dona Josefa Coelho”, recordou.

Em seguida, o senador petrolinense enfatizou a trajetória política do prefeito falecido e disse que a vida dele era baseada de projetos e sonhos e que se partiu com o coração arrebentado numa sala de cirurgia. “A gente tem que ter força e muita fé, para que possamos aceitar os desígnios de Deus, Deus quis assim, mas Deus deu o privilégio a mim e minha família de poder ter convívio com Geomarco Coelho, durante 31 anos de vida”.

Olhando para o público e para os representes políticos presentes ao sepultamento, Fernando Bezerra argumentou com emoção que todos que estavam ali reunidos eram para reconhecer que o prefeito que se confunde com a história de Dormentes, era um homem de bem, de luta, reto, corajoso, sonhador e bom. Um pai de família exemplar.

Em homenagem a memória de Geomarco, o senador Fernando Bezerra, narrou alguns episódios das lutas e caminhadas políticas que eles estiveram juntos no cenário político pernambucano destacando os desafios percorridos.

“A minha vida política não foi fácil e nem tem sido fácil, a gente tem sempre que fazer escolhas difíceis na vida, foi assim comigo”, ponderou.

História

Fernando Bezerra ressaltou que em 1986, época em que era secretário da Casa Civil, na gestão do governador Roberto Magalhães, havia um desencontro político em sua família por questões empresariais e o deputado estadual, Miguel Arraes (PDS) voltou a Pernambuco para recriar a frente popular, e que procurou o pai dele e convidou FBC para sair do cargo secretário estadual, para poder abraçar a campanha de Arraes em 1986, época em que Dormentes, era o maior distrito de Petrolina.

No referido ano, Geomarco era um jovem que não tinha ainda 20 anos de idade e já militava na política e participou do movimento das “Diretas Já”, brigado pela realização da assembleia nacional constituinte. “E pra minha alegria Gonzaga, você do PMDB candidato a deputado federal, quando eu decidir ingressar no PMDB, houve uma reunião histórica em Dormentes, para saber com quem o partido iria caminhar na luta que se iniciava”.

FBC argumentou ainda que aquele jovem sertanejo que se apresentava para ser líder de Dormentes trouxe uma palavra a favor de seu nome.

“E foi aí que conheci Geomarco porque ele foi um dos primeiros a levantar o meu nome para construir a minha liderança em Petrolina e no Sertão de Pernambuco. Foi Geomarco que abriu as portas do PMDB de Petrolina, ele que fez a minha campanha aqui em Dormentes e que me fez deputado federal. E fui o deputado mais votado do Sertão naquela época”, recordou.

Concluindo o seu discurso o senador Fernando Bezerra, apontou para o caixão do prefeito e declarou ao amigo Geomarco que ele estava já ali deitado no sono eterno, mas que tinha certeza que o prefeito saiu da vida e entrou pra história definitiva de Dormentes.

“Não terá ninguém durante muito tempo em Dormentes que poderá se quer chegar perto da sua trajetória. E isso, vai servir de expiração para que os jovens possam ir para a política, para que aqueles que têm a responsabilidade hoje de representar Dormentes possam se expirar no seu exemplo, para que a cidade possa continuar orgulhosa e sabendo de que ela é muito maior do que os problemas que ela enfrenta”.

Redação e foto: por Jean Brito, jornalista

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