Em Petrolina, PT e PMDB podem andar juntos. Vereadora Cristina Costa fala sobre o assunto

Por Ricardo Banana
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“O duodécimo vai baixar, então tudo isso é uma reflexão que nós vereadores deveremos fazer “

O que antes seria improvável pode ser possível, em Petrolina, diante as especulações de um possível entendimento entre o PT e o PMDB Nacional visando as eleições de 2014, pode resultar na baixa de guarda de políticos na região. A líder maior do partido dos trabalhadores, a presidente Dilma Rousseff, já deixou claro que quer a permanência desta aliança e não quer se desvincular do vice peemedebista Michel Temer.

As costuras podem afetar o relacionamento nas cidades que os dois partidos sempre estiveram em lados opostos. Em Petrolina, a vereadora reeleita Cristina Costa (PT) acredita que não passa de especulações e que o partido tem uma postura independente. “Tudo tem que ser debatido dentro do partido, e até agora aqui em nível municipal não tivemos nenhuma discussão sobre aliança com o prefeito Julio Lossio ou qualquer outro partido e não podemos esquecer que o PT em Petrolina teve um projeto de candidatura própria e para 2014 serão discutidas alianças”, disse.

Segundo ela, a conjuntura política do momento definirá a eleição de 2014. “Tanto podemos manter a aliança com o PSB como podemos ir para o PMDB ou para o PT”, cita reconhecendo que há uma intenção do partido apoiar ‘uma prata da casa ‘ para disputar uma vaga na Câmara Federal.

Visando o fortalecimento do PT no município, a vereadora não descartou a possibilidade de disputar a presidência da Câmara de Petrolina. “Sou uma mulher de partido, será refletido e meu nome poderá estar à discussão”, frisa.

Questionada sobre o veto do executivo que previa derrubar o aumento de 100% no salário dos vereadores, Cristina acusa o prefeito de uma atitude meramente política. “O prefeito não pode adentrar na Câmara, na autonomia do Poder Legislativo. Contrariamos o Executivo que tomou uma postura política, de forma inconstitucional, de tentar vetar o salário dos vereadores que têm autonomia de discutir e aprovar tanto os salários dos vereadores quanto do Executivo e do secretariado”.

Demonstrando preocupação com a redução dos recursos das Câmaras Municipais, Cristina disse que se deve levar em conta o número de cadeiras que aumentaram. “O duodécimo vai baixar, então tudo isso é uma reflexão que nós vereadores deveremos fazer “.

Assim, dependendo das contas, a vereadora reconhece que os vereadores podem voltar atrás da decisão de reajustar para R$ 12 mil os próprios salários. “A responsabilidade da nova mesa diretora é fazer o orçamento, calcular e planejar tudo direitinho porque agora não serão mais 14 vereadores e sim 19, e o salário pode cair para R$ 11 mil, R$ 10 mil ou até para R$ 9 mil”, argumenta reconhecendo que o valor fixado foi precipitado.

 Fonte: Grande Rio FM

 

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2 comentários

Justiliano 29 de outubro de 2012 - 14:05

Odacy Amorim para Federal, Isabel Cristina e Vilmar Para Estadual. Pronto chapa leita e prefeitura em 2016.

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RPC 29 de outubro de 2012 - 11:59

Vereadora sem noção!!! Não entende que o aumento nos moldes em que foi proposto pela Câmara era TOTALMENTE incostitucional, uma vez que ultrapassava o valor permitido pela Constituição Federal, a qual condiciona a 50% do valor do subsídio do Deputado Estadual.

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
(…)
VI – o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:
(…)
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

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