Estudantes de Petrolina protestam contra aumento da tarifa de ônibus

Por Ricardo Banana
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imagemCerca de 150 estudantes do Ensino Médio de Petrolina, no Sertão pernambucano, bloquearam o trânsito no Centro da cidade na manhã desta quinta-feira (11), em protesto contra o aumento no preço das passagens de ônibus. Durante a ação, os jovens ficaram parados em frente aos semáforos das Avenidas Guararapes e Joaquim Nabuco. A tarifa no município passou a custar R$ 2,80, no dia 28 de maio, um acréscimo de R$ 0,35, após uma determinação judicial.

Os manifestantes seguravam cartazes e distribuíram panfletos aos pedestres. Formou-se um congestionamento nas vias durante os cerca de 40 minutos de mobilização. O tráfego era liberado somente para ambulâncias. Os agentes da Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC) foram ao local para dar auxílio aos condutores que precisaram ir por vias alternativas.

“Nós consideramos esse aumento abusivo, porque a passagem em Petrolina é a mais cara do estado de Pernambuco e uma das mais caras do Nordeste. O aumento de R$ 0,35 não é pouco, pois representa um lucro de R$ 3,5 milhões para os empresários. Já o estudante precisa pagar um preço maior”, declara o vice-presidente da unidade de Petrolina da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UESPE), Evandro José Silva.

Evandro ainda explicou que o movimento também é contra o corte no orçamento da educação feita pelo Governo Federal. Uma das estudantes que participaram da manifestação foi Wedja de Oliveira, matriculada no 2º ano. Ela considerou válido o protesto. “Acho muito justa essa reinvidicação, porque o preço está muito alto. É um abuso para a gente. Não podemos aceitar esse valor”, exclamou Wedja.

Os ônibus que pararam próximo aos locais foram recebidos com vaias pelos estudantes. Os passageiros desceram dos transportes, mas demonstraram apoio ao movimento. Os discentes em seguida foram ao Sindicato das Empresas de Transporte do Vale do São Francisco (Setranvasf) dar continuidade ao protesto.

A gestora do Setranvasf, Josiclea Rodrigues, declarou que o sindicato considera legítima a manifestação, por se tratar de um direito dos estudantes, mas o valor da tarifa não deve mudar. “Nós entendemos que todos têm direito de lutar pelo que acham justo. O protesto foi feito de forma pacífica, tudo dentro da lei. Mas não temos como mudar o preço, por causa da defasagem do sistema, de estar há 27 meses sem reajuste e por ter sido uma decisão judicial. O juiz determinou uma perícia e o perito chegou ao valor de R$ 2,80”, explicou. (G1 Petrolina)

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