“Eu vou pacificar esse país e as pessoas vão voltar a viver em harmonia”, diz Lula

Por Ricardo Banana
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (20) que pretende pacificar o país e restabelecer “a harmonia” perdida no Brasil. “Eu vou pacificar esse país. As pessoas vão voltar a viver em harmonia. Da mesma forma que um corintiano e um palmeirense podem subir no mesmo elevador, um petista e um tucano podem, sem um morder o outro”, afirmou. Para Lula, apenas um presidente democraticamente eleito pelo povo pode devolver o clima de normalidade à sociedade brasileira.

Lula concedeu entrevista coletiva na sede do Instituto Lula, em São Paulo. Ele comentou sobre o desejo de se candidatar novamente ao Planalto, falou sobre suas expectativas com relação a seu julgamento no TRF4 e sobre os projetos para o país. “Estou muito tranquilo para o dia 24. Estarei candidato, se o partido quiser, e até que a última instância diga que não posso ser candidato. Não vou passar para a História como um inocente condenado”, declarou.

Questionado sobre uma eventual condenação em segunda instância, Lula voltou a apontar o vácuo de provas no processo. “Minha condenação seria a negação da Justiça. Porque a Justiça teria que fazer um esforço monumental para transformar uma mentira em uma verdade. E pra julgar uma pessoa que não cometeu um crime”, avaliou, ao destacar que o processo todo está “subordinado à imprensa”. “A única coisa que eu peço é que leiam o processo. Acho que no final vai prevalecer o bom senso nesse país”.

Lula ressaltou que, apesar da perseguição, segue otimista e pensando um projeto para o país. “Não posso estar mau humorado porque sou corinthiano e estou em primeiro lugar nas pesquisas. Se tem alguém que está mau humorado nesse país não sou eu”, brincou.

Sobre as eleições de 2018, Lula reforçou a importância de se promover uma renovação consciente e “para melhor” do Congresso. “As pessoas que votam em um presidente progressista precisam votar em um deputado progressista”, ponderou. “Quero que tenha eleição e que a campanha seja feita em alto nível. Estou convencido de que a gente pode voltar e fazer melhor”, encerrou. (247)

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