Jovem negra tem o dobro do risco de morte de uma branca no Brasil

Por Ricardo Banana
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Uma jovem negra no Brasil corre risco 2,2 vezes maior de ser morta do que uma jovem branca, segundo o relatório Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, divulgado hoje. Em 26 unidades da Federação – apenas o Paraná fica de fora –, a taxa de homicídios entre mulheres de 15 a 29 anos é maior entre as negras. Elas são ainda mais vulneráveis à violência em Estados como o Rio Grande do Norte, onde morrem 8,11 vezes mais do que as jovens brancas.

O estudo foi feito pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

O índice foi calculado com base na análise de dados de 304 municípios do País com mais de 100 mil habitantes.

“A novidade é esse olhar para a questão de gênero. Mais uma vez os dados comprovam o genocídio dos jovens negros”, diz Marlova Noleto, representante interina da Unesco no Brasil.

O índice também mostra que a violência contra o jovem negro, considerando ambos os sexos, se agravou nos últimos dois anos.

As informações são de reportagem de Isabela Palhares no Estado de S.Paulo.

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