LULA ASSUME ARTICULAÇÃO PARA MINISTÉRIOS E CÂMARA

Por Ricardo Banana
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imagemO ex-presidente tem uma agenda intensa por esses dias em Brasília. Ele assume a articulação para a definição da nova equipe ministerial da presidente Dilma Rousseff e também para a indicação de um candidato do PT à presidência da Câmara, a fim e disputar com o peemedebista Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Desde esta terça-feira 9 Lula tem reuniões com Dilma, parlamentares e lideranças partidárias na capital.

O papel do cacique petista é extremamente importante em um momento em que o governo Dilma precisa mais do que nunca do Congresso – diante de uma oposição mais combativa e de investigações de corrupção – e não poderia ter no comando da Câmara um parlamentar visto mais como adversário do que como aliado. A campanha de Cunha, no entanto, vem se fortalecendo, enquanto o PT sequer tem nome competitivo para entrar na disputa.

O presidente do PT, Rui Falcão, já assegurou que o partido terá candidato próprio, informação confirmada ontem pelo líder Vicentinho. O deputado paulista admitiu, porém, que a sigla poderá recuar da decisão. “Não temos dúvida: vamos apresentar nome para ser apreciado por outros partidos, mas não vamos impor um nome. Esse nome pode ser substituído até mesmo por um de outro partido”, disse.

Uma ala do partido, próxima a Lula, já considera apoiar Eduardo Cunha, mas a posição enfrenta resistência. Encontro realizado nesta terça-feira 9 pela bancada do partido terminou sem definição. Haverá hoje uma nova reunião em busca de consenso. Os deputados devem negociar diretamente com Lula e Rui Falcão os rumos dessa eleição, em reunião na manhã desta quarta-feira.

De acordo com os parlamentares petistas, Lula tem recomendado cautela e espera do partido para verificar o impacto que as investigações da Operação Lava Jato, sobre esquema de corrupção na Petrobras, pode causar no Congresso.

Já a definição da equipe ministerial é barrada pelos interesses da base aliada. A reunião realizada pela bancada petista ontem foi dominada por reclamações de que o partido não está sendo ouvido e demandas por mais espaço na Esplanada dos Ministérios. A mais nova tensão é com o PCdoB, que quer manter Aldo Rebelo no Esporte. A pasta, porém, foi reivindicada pela presidente, que oferece a Cultura para o partido. O encontro de Lula com os partidos aliados acontece hoje à tarde.

O assunto também dominará o encontro do antecessor com a presidente Dilma, pela terceira vez desde que ela foi reeleita. À noite, o motivo principal da viagem de Lula. O ex-presidente participa do lançamento da segunda etapa do 5º Congresso Nacional do PT, quando deve fazer um duro discurso em defesa do governo, em um momento de manifestações, convocadas inclusive pela oposição, que pedem impeachment e a volta do regime militar. Será a primeira forte resposta do ex-presidente contra a ação. (247)

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