Marília Arraes condena ‘oportunismo’ do PSB

Por Ricardo Banana
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Disposta a viabilizar sua candidatura a governadora de Pernambuco, a vereadora Marília Arraes (PT) voltou a criticar o governador Paulo Câmara e seu partido, o PSB. Ao comentar sobre a visita do socialista ao ex-presidente Lula, na edição do Folha Política desta quinta (12), a petista afirmou que o gesto, na verdade, não passa de “oportunismo” e que o gestor tenta a todo custo “surfar” na popularidade do ex-presidente.

“É válido qualquer apoio que tenhamos de aliados ou não. O gesto de Paulo Câmara foi bom. mas foi oportunista. Ficou muito claro para a população que foi um oportunismo muito grande, tanto de ir visitar Lula quanto de a bancada procurar José Dirceu para conversar”, afirmou Marília.

O ex-ministro de Lula, José Dirceu, se encontrou nesta quarta (11) com lideranças do PSB, como os deputados federais Danilo Cabral e Tadeu Alencar, para falar sobre a possibilidade de aliança com o PT na eleição deste ano. Mas esta possibilidade, que pode enterrar os planos de Marília, sofre resistência de algumas alas do ninho petista, que defendem uma candidatura própria.

“Não sei se nossa pauta com Zé Dirceu foi essa especificamente. Não tenho nenhuma confirmação que tenha havido essa pauta. Mas isso só mostra o desespero deles, de tentar amenizar um desgoverno em Pernambuco, com um governo que está desgastado e sem rumo, que não sabe para onde vai. Parece que Paulo não quer ser candidato de novo. A gente vê no semblante dele. É uma tentativa de procurar popularidade de Lula para amenizar o desgaste, com o intuito de retirar nossa candidatura, que está se mostrando competitiva e comprometida com nosso campo político. Diferentemente deles que apoiaram o impeachment (da ex-presidente Dilma Rousseff) e outros grandes retrocessos que estão acontecendo no Brasil”, colocou a pré-candidata.

No bate-papo, Marília Arraes também contou detalhes do encontro com o ex-presidente Lula, momentos antes de ele ser preso no último sábado (07). Além disso, fez um paralelo da situação do petista com a detenção do seu avô, o ex-governador Miguel Arraes, quando foi instaurado o regime militar, em 1964. (Robério Sá)

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