Um milhão de pessoas sairão da pobreza na América Latina em 2012

Por Ricardo Banana
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Cerca de um milhão de pessoas devem sair da pobreza em 2012 na América Latina e no Caribe, reduzindo o contingente na região de 168 milhões para 167 milhões, ou 28,8% da população. A previsão é da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo o relatório Panorama Social da América Latina 2012, divulgado nesta terça-feira pela Cepal, a quantidade de pessoas em situação de indigência, entretanto, não mudará, ficando em cerca de 11,5% dos habitantes, o mesmo número de 66 milhões registrado em 2011.

“O aumento da renda do trabalho em domicílios pobres foi o fator mais determinante na redução da pobreza”, diz o relatório, que também cita transferências privadas e públicas (como as do programa brasileiro Bolsa Família).

O ritmo de queda, porém, se desacelerou quando comparado com o observado entre 2010 e 2011, período em que a redução foi de 31%, para 29,4% da população.

Entre os 12 países que compõem a região e produziram dados relativos ao ano passado, sete exibiram quedas nos índices de pobreza, nos dois últimos anos. Em primeiro vem o Paraguai, com redução de 5,2 pontos percentuais; seguido pelo Equador (menos 3,7 pontos); Peru (3,5 pontos); Colômbia (3,1 pontos); Argentina (2,9 pontos); Brasil (2 pontos por ano entre 2009 e 2011) e Uruguai (1,9 ponto).

Por outro lado, a Venezuela registrou aumento na taxa de pobreza de 1,7 ponto percentual, entre 2010 e 2011. Já Chile, Costa Rica, Panamá e República Dominicana “não observaram mudanças notáveis durante o período analisado”.

A Cepal classifica a pobreza a partir de um consumo calórico mínimo, que no caso do Brasil equivaleria a um gasto per capita de R$ 261 mensais com alimentação, em ambientes urbanos, e de R$ 206 no campo (valores de setembro de 2011).

Já quem tem renda mensal menor do que R$ 112 é caracterizado pela Cepal como indigente nas cidades brasileiras e renda mensal per capita de abaixo de R$ 98 para ambientes rurais.

Fonte: Valor

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