Criação de abelhas nativas: uma oportunidade econômica para os produtores das UCCA´s

Por Ricardo Banana
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imagemProdutores rurais que aderirem às Unidades de Conservação da Caatinga (UCCA´s) serão estimulados a criarem abelhas sem ferrão. Esta é uma das atividades econômicas que poderá ser desenvolvida nos núcleos de proteção e conservação do bioma. A meliponicultura pede investimento de baixo custo e pode dar um bom retorno financeiro ao produtor. Dentre as espécies mais comuns para a caatinga podem ser destacar mandaçaia, manduri, cupira e moça branca.

“Há que se destacar também que as abelhas têm um importante papel na polinização de espécies vegetais. A criação de abelhas sem ferrão tem um manejo mais simples e possibilita com que o produtor possa agregar produtos em termos de beneficiamento, melhorando assim sua renda. Pode ser trabalhada a produção de mel, polen e venda de enxames para a recria”, destaca o assessor técnico da AMMA, Clefson Sena.

Uma das características desse tipo de criação é que o produtor não precisa de equipamento de segurança para o manejo. O mel que se obtem também tem um valor agregado maior. “ Financeiramente falando, o mel da abelha sem ferrão é hoje o mais caro do mercado nacional. Por se tratar de um mel mais difícil de ser encontrado e conter propriedades medicinais e terapêuticas a procura vem aumentando cada vez mais. Ou seja, para o produtor rural é proporcionado um retorno econômico muito melhor do que produzir mel de outras abelhas”, acrescenta Sena.

Nas áreas das UCCA`s, os interessados em aderirem a esse tipo de atividade devem comprar as colméias de produtores já licenciados ou adquirirem abelhas de locais de desmatamento legal, munidos de autorização dos órgãos competentes. “Além disso, terão que participar de mini cursos com aulas práticas e teóricas que serão ministradas em várias etapas durante todo o ano”, pontua o técnico.

“ A meliponicultura é uma atividade que cresce a olhos vistos no Brasil e Petrolina não poderia ficar de fora desse contexto. Nossa idéia é fazer com que o homem que reside na área de caatinga possa absorver o que há de melhor em seu ambiente, preservando e conservando sobretudo o ecossistema. A criação de abelhas tem tudo para se tornar mais um eixo de desenvolvimento em nossa região. Para isso, basta que estimulemos os produtores e ofereçamos a eles uma gama de conhecimentos que os permita ter o êxito almejado”, frisa o diretor presidente da AMMA, Gleidson Castro.

Texto: ASCOM AMMA

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