Na última sexta-feira, 02, o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) realizou a segunda sessão do projeto científico-cultural ‘First Friday’ para um público composto de docentes, discentes e profissionais das áreas de Ciências Biológicas, Zootecnia e Medicina Veterinária. Com o tema ‘Participação de Animais Selvagens na Febre Maculosa Brasileira’, a conferência foi ministrada pelo professor permanente dos Cursos de Pós-graduação em Ciência Animal; e em Ciências Veterinárias no Semiárido (Univasf) e Professor colaborador do Curso de Pós-graduação em Ciência Animal Tropical (UFRPE), Maurício Claudio Horta.
O professor Horta comentou sobre a importância de encontros como esses que, segundo ele, são fundamentais para trazer o conhecimento com relação a algumas doenças ainda hoje negligenciadas no Brasil. “A febre maculosa é uma delas, bem conhecida em áreas endêmicas, mas em áreas onde ela ocorre com uma frequência menor como a região Nordeste onde há registros de poucos casos registrados, pouco se conhece.” Ele ainda falou que considera muito importante trazer a comunidade acadêmica, docentes, discentes e profissionais para poder “discutir e conhecer a epidemiologia dessa doença e inclusive para poder prevenir novos casos que venham a acontecer em determinadas áreas”, afirmou.
A próxima sessão será dia 06 de abril, às 16h, no auditório do Museu de Fauna da Caatinga, Campus de Ciências Agrárias da Univasf, zona rural de Petrolina. Em breve serão divulgados tema e palestrante.
Sobre a doença
A Febre Maculosa é conhecida no Brasil e no mundo há mais de um século. Trata-se de uma enfermidade causada pela bactéria Rickettsia spp. e transmitida aos seres humanos por carrapatos, pulgas, piolhos e ácaros vetores. Ocorre em todas as regiões do Brasil e em algumas regiões apresenta altos índices de letalidade. No estado de São Paulo, por exemplo, entre os anos 1998 e 2013, foram notificados 521 casos da doença e em 2016 foram confirmadas três mortes por febre maculosa até setembro. A participação de alguns animais selvagens como capivaras e gambás assume grande importância na manutenção do agente na natureza. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no Brasil, entre os anos de 2000 a 2017, foram notificados 1.747 casos da doença.
First Friday
Uma vez por mês, o Museu de Fauna fica aberto até 18 horas para uma discussão científica emocionante seguida de happy hour e um passeio pelo Museu, onde a pessoa conhecerá o acervo de cerca de 40 peças de animais silvestres taxidermizados, todos do bioma Caatinga. Esse é um programa para um público de todas as idades interessado em discutir de forma dinâmica CIÊNCIA. Com início previsto para as 16 horas, as palestras têm duração mínima de 1 hora. A entrada é limitada em 100 participantes que devem realizar sua inscrição (informando seu nome completo, CPF, telefone e e-mail) no valor de R$ 15,00 até a quinta-feira que antecede o evento na recepção do CETAS Cemafauna. A coordenação comunica ainda que para receber o certificado é preciso participar do primeiro ciclo das cinco sessões que acontecerão ao longo desse primeiro semestre. Aos participantes também será concedido o transporte para deslocamento do Cemafauna até a Univasf Campus Centro após o encerramento da sessão.
Ascom Cemafauna