ESPECIAL COPA: Na onda de Salah, Egito volta a disputar a Copa após 28 anos

Por Ricardo Banana
A+A-
Reset

País conhecido pelas esfinges, pirâmides e faraós, o Egito volta a disputar uma Copa do Mundo após 28 anos. Esta será a terceira participação da seleção heptacampeã da Copa Africana de Nações, que só jogou as edições de 1934 e 1990, curiosamente ambas na Itália. Os egípcios tiveram o melhor desempenho na primeira participação, quando terminaram o Mundial em 13º lugar, após caírem nas oitavas de final.

Confira a versão desta matéria para rádios

Agora, a seleção do Egito chega com moral na Copa da Rússia. A seleção foi bem nas Eliminatórias da África, terminando na primeira posição. Ao todo, foram quatro vitórias, um empate e uma derrota, na chave que contava ainda com Uganda, Gana e Congo. Foram oitos gols marcados e quatro sofridos, com aproveitamento de 72%.

Além dos adversário dentro de campo, os egípcios terão um desafio a mais fora dele por questões religiosas. Começou nesta semana o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, que ficam em jejum do amanhecer até o pôr do sol. Isso pode comprometer, inclusive, a preparação para o torneio, já a delegação segue a religião islâmica. O período só termina no dia 14 de junho, data em que o torneio começa. Por conta do jejum, as refeições são servidas antes do nascer do sol, chamada suhoor, e depois do pôr do sol, chamada iftar. Dependendo da região, as refeições podem ser consumidas em família ou com membros da comunidade local.

Mesmo com esse jejum, os torcedores e a imprensa local acreditam que o Egito pode brigar, ao menos, pelo segundo lugar no grupo A do Mundial, que tem Rússia, Uruguai e Arábia Saudita. Comandados pelo técnico argentino Héctor Cúper, os egípcios apostam suas fichas em jogadores experientes como Ramadan Sobhi, Mohammed Elneny e Sam Morsy, que atuam em uma das principais ligas europeias: o campeonato inglês.

Elneny, meio-campo do Arsenal, aparece entre os 29 pre-convocados, mas ainda é presença incerta na Copa porque se recupera de lesão. E a convocação final de Cúper pode quebrar um recorde. Isso porque o goleiro Essam El Hadary está entre os pré-selecionados, e se não for cortado, será o jogador mais velho a disputar uma Copa do Mundo, com 45 anos. (Agência do Radio Mais)

Related Posts