Além dos atos golpistas contra a democracia, os terroristas foram responsáveis pela destruição de obras valiosas; veja quais foram
O ataque terrorista, ocorrido no último domingo, 8, em Brasília, causou não apenas danos aos patrimônios público como também a destruição de obras de arte, além do roubo de algumas delas. Os golpistas roubaram armas, destruíram de gabinetes, equipamentos eletrônicos, janelas, mesas e armários, além de móveis da sala da primeira-dama, Janja Lula da Silva.
Relógio doado por corte de Luís XIV
Um relógio fabricado pelo francês Balthazar Martinot, com design de André-Charles Boulle, foi destronado pelos terroristas. A peça foi fabricada no final do século XVIII e foi dada de presente para a família real pela corte de Luís XIV. O relógio foi trazido ao Brasil por D. João VI, em 1808. O objeto ficava no terceiro andar, onde está localizado o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pessoas cultas. O relógio da foto foi presenteado à família real portuguesa por Luiz XIV; foi trazido para o Brasil por Dom João VI. pic.twitter.com/mR2BVb0rOm
— Gladston Mamede (@GladstonMamede) January 9, 2023
‘A bailarina’, escultura de Victor Brecheret
A escultura “A bailarina”, obra em bronze de Victor Brecheret, um dos expoentes do modernismo, foi retirada do lugar onde ficava exposta na Câmara dos Deputados. A peça permanece desaparecida após a invasão dos golpistas.
'A Justiça', feita pelo artista belo-horizontino Alfredo Ceschiatti em 1961. A frase "perdeu, mané" foi pichada na obra. pic.twitter.com/HLjRBs4YGZ
— Nanda Xie (@nandaxxie) January 9, 2023
A escultura de bronze 'A bailarina' feita em 1920 por Victor Brecheret foi roubada por manifestantes bolsonaristas. A obra fazia parte do acervo da Câmara dos Deputados. pic.twitter.com/JXBDXUbIsw
— Nanda Xie (@nandaxxie) January 9, 2023
‘As mulatas’, de Di Cavalcanti
No Planalto, a tela “Mulatas”, de Di Cavalcanti, foi vandalizada com furos pelos invasores em seis pontos. Especialistas dizem que a restauração de uma tela como esta, datada de 1962, pode levar até 90 dias.
O quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, foi uma das obras criminosamente atacadas por golpistas e vândalos no Palácio do Planalto. pic.twitter.com/MBm5yGDuOj
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) January 9, 2023
‘Araguaia’, vitral de Marianne Peretti
Em 1977, a artista Marianne Peretti utilizou vidro temperado e jatos de areia para produzir “Araguaia”, obra instalada no hall do Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília. A peça de decoração foi detonada pelos terroristas.
A cadeira usada pela presidência do STF, feita por Jorge Zalszupin foi arrancada do prédio. pic.twitter.com/9IYVsNVIeJ
— Nanda Xie (@nandaxxie) January 9, 2023
O painel "Araguaia", vitral de Marianne Peretti, de 1977, foi quebrado na Câmara dos Deputados. pic.twitter.com/BOljlLR3eV
— Nanda Xie (@nandaxxie) January 9, 2023
‘A Justiça’, escultura de Alfredo Ceschiatti
A escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, foi pichada. Terroristas escreveram a seguinte frase na peça: “Perdeu, mané”. A obra de arte em granito está instalada em frente ao prédio do STF, na Praça dos Três Poderes, e representa o poder judiciário como uma mulher com os olhos vendados segurando uma espada
Brasão da República
De acordo com informações divulgadas até o momento, a avaliação é que o dano ao patrimônio histórico é irreparável e que o prédio principal está “completamente destruído”. O brasão da República foi arrancado. Os terroristas também removeram as cadeiras que os 11 ministros usam durante os julgamentos.
Essa foto que tirei ao chegar no STF sintetiza o que foi o dia de hoje: escárnio e desprezo à institucionalidade democrática brasileira. Arrancaram o brasão da República e a cadeira em que sentam os ministros. Não há temor algum em ser fotografado. A punição tem que ser exemplar. pic.twitter.com/MjMH7Ghlo4
— Weslley Galzo (@weslley_galzo) January 8, 2023