Saúde de qualidade para os pernambucanos de todas as regiões. Esta foi a proposta essencial discutida na noite desta sexta-feira (8) pela plenária temática promovida pela coligação Pernambuco Vai Mais Longe no Recife Praia Hotel, no Pina, Zona Sul do Recife. O tema, uma das prioridades do candidato a governador Armando Monteiro (PTB), foi debatido diante de cerca de 300 pessoas, entre profissionais, gestores e lideranças políticas.
Citando a má posição que Pernambuco ainda possui no ranking de desenvolvimento humano, Armando disse a qualidade de vida da população depende fundamentalmente do investimento em saúde. “O nosso IDH, que reúne indicadores de renda, educação e saúde, é o 18 no ranking nacional”, afirmou. “Por isso, vamos dar à saúde o tratamento que ela merece.” Armando reforçou a priorização da atenção básica como pilar fundamental do programa de governo. E que, para obter mais recursos para implementar essa agenda, o alinhamento com a presidente Dilma Rousseff é essencial.
O candidato a senador João Paulo (PT) afirmou que os profissionais de saúde sabem exatamente onde estão os gargalos e, por isso, ouvi-los é essencial para a formulação de políticas públicas para o setor. “Com esta tropa, nós poderemos realmente construir propostas. Foi essa tropa quem me ensinou sobre saúde”, destacou. “Este tipo de encontro é mais do que importante para que possamos ter um Pernambuco com saúde de qualidade”, finalizou.
O diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (UPE), Luiz Oscar, criticou o modelo das políticas públicos implantadas pelo governo do Estado nos últimos oito anos. “Quando sugerimos um hospital, não é para fazer propaganda. É por conta da demanda e não para reforçar esse modelo hospitalocêntrico implantado no Estado”, reforçou. Para Luiz Oscar, os principais desafios a serem enfrentados na saúde pública pernambucana são o que ele chamou de “epidemias”: os acidentes de moto, o consumo de crack e a violência.
A secretaria-executiva do Ministério da Saúde, Ana Paula Menezes Sóter, lembrou os avanços no setor desde 2003, quando iniciou o governo de Lula. Ela, que participa da elaboração do programa de governo da presidente Dilma Rousseff, salientou que programas como Mais Médicos, Samu, UPAs e Brasil Sorridente mudaram a vida dos brasileiros. “Para o próximo governo, é necessário reforçar o pacto interfederativo, pois o governo federal não faria nada sem os Estados e os municípios”, frisou.
O ex-coordenador nacional do programa Mais Médicos, Mozart Sales (PT), falou sobre os desafios do financiamento da saúde pública. “Nós precisamos elevar o volume de recursos para a saúde”, reconheceu o candidato a deputado federal, que também defendeu, em conformidade com o plano de governo de Armando, a interiorização do atendimento especializado e da formação de novos profissionais.
Durante a plenária, representantes de um fórum de entidades coordenado pelo candidato a vice Paulo Rubem apresentaram uma série de sugestões para o plano de governo, colhidas em reuniões em todas as regiões de Pernambuco. “Temos um desafio: o comprometimento de promover saúde”, disse Paulo Rubem, ressaltando o papel da UPE na formatação de uma saúde de qualidade.
ASCOM
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