Os transtornos alimentares têm sido frequentemente noticiados, principalmente quando se discute o atual padrão de beleza muito associado à magreza. A psicóloga da Unimed Vale do São Francisco, Amanda Loureiro, explica que dentre os principais, se podem citar a Anorexia Nervosa, a Bulimia Nervosa e o Transtorno de Compulsão Alimentar. E que o diagnóstico precoce beneficia o tratamento.
A anorexia nervosa é caracterizada por uma recusa alimentar enquanto na bulimia nervosa há um impulso irresistível de comer excessivamente com a presença de comportamentos purgativos ou não. “Ambas possuem em comum a preocupação excessiva com o peso e a forma corporal (medo de engordar), que levam o indivíduo a se engajar em dietas extremamente restritivas ou a utilizar métodos inapropriados para alcançarem o corpo idealizado”, pontua a psicóloga.
Já o Transtorno de Compulsão Alimentar é definido como episódios recorrentes de ingestão significativamente maior de alimentos em um curto período de tempo do que a maioria das pessoas consumiria sob circunstâncias similares, com episódios marcados por sentimentos de falta de controle. “Sentimentos de culpa, vergonha ou desgosto são comuns, assim como a ingestão destes alimentos em segredo para ocultar o comportamento”, conta Amanda.
“O fato é que não existe uma única causa para os transtornos alimentares, mas eles estão altamente relacionados à baixa autoestima, elevados níveis de perfeccionismo, necessidade de controle, problemas interpessoais e a fatores psicossociais como as expectativas sociais/culturais. Também é muito frequente a comorbidade com outros transtornos, inclusive a depressão”, afirma.
Em geral os pacientes chegam ao tratamento através de familiares que percebem os comportamentos acima citados. O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar com profissionais de diversas áreas como médico, psicólogo, nutricionista, dentre outros. Em alguns casos pode haver a necessidade de internação. “O diagnóstico precoce favorece um melhor prognóstico, por isso é importante que a família e amigos estejam atentos aos sinais de que algo não está bem”, finaliza a psicóloga.
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