A palavra é hidroestesista. São pessoas que descobrem a sensibilidade que pode ajudar dezenas de famílias que sofrem com a falta de água na região semi-árida. A hidroestesia é a sensibilidade que algumas pessoas possuem para identificar a existência de fontes de água no subsolo.
A pessoa que tem essa facilidade é chamada popularmente de “vedor d’ água”. Ela usa uma vara que funciona como um ponteiro ligado a um instrumento, que no caso é o organismo humano, que indica onde se encontra o líquido.
De acordo com a cartilha “A busca da água no Sertão com a vara indicadora”, de João Gnadlinger, nos últimos anos, a Hidroestesia vem sendo estudada por pesquisadores da Universidade de Munique, na Alemanha. E, até o momento, resumidamente, teria se chegado a seguinte conclusão: “Existe a hipótese de que o ser humano possui uma sensibilidade biológica de reagir a campos eletromagnéticos que se encontram na natureza e certos homens e mulheres a possuem de maneira mais expressiva que outros”.
Para o agricultor Cícero Bento Policarpo Filho, da cidade de Buíque, no interior de Pernambuco, muita coisa mudou em sua vida depois da descoberta de sua capacidade de identificar água no subsolo.
Ele participou de um curso de formação de lavradores em Juazeiro, na Bahia, quando foram feitos alguns testes ligados a Hidroestesia, e três dos 63 participantes demonstraram a sensibilidade.o Curso aconteceu há mais de 5 anos.
“A partir daí surgiram muitas viagens para mim. Estou participando de mais cursos sobre o tema. A comunidade ficou me procurando. Achei ótimo e, apesar de não estar preparado, senti que melhorou minha auto- estima”, conta.
Ele diz que a Hidrostesia serve, além de localizar a água, para educar às pessoas sobre o uso desse líquido fundamental à vida. “Todos têm direito à água. Por isso, nada de trabalho individual, só coletivo: como locais para poços e cacimbas”.
Cícero explica que só é possível fazer uma localização por dia, devido ao gasto de energia psicológica e física para isso.
“No local, converso com a comunidade beneficiada, olho o terreno e, depois, fico sozinho para que haja uma maior concentração. Faço alongamentos para relaxar e volto meu pensamento para a água. Nesse momento, não posso pensar em outra coisa”. O agricultor conta que o seu maior sonho é mostrar às pessoas que é viável viver no semi- árido.
“Gostaria de tirar o retrato do sofrimento e colocar o da convivência com o semiárido”, finaliza.
Fonte: Cáritas Braseleiras/Irpaa
Blog do Banana
13 comentários
Também tenho essa sensibilidade, gostaria de aperfeiçoamento melhor
Gostaria de contratar alguém com esse dom para localizar um veio de água no meu sítio aqui em Belém de Pará
Matéria excelente. Gostaria de manter contato com a Helena para saber como falo com o parente dela pois possuo um Sítio no semi árido e preciso muito de água.
Descobri ke eu era un vedor de água a 3 anos atrás, não preçiso me alongar, meditar, pensar em agua e nem fikar só. Hoje furo poço, acreditem ou não, mais já axei água en três metros de profundidade, furo no máximo 14 metros, ,difiçilment da errado, cliente satisfeitos, tenho vídeos, me adicione no Facebook, Renato farias poço artesiano
Muito boa matéria,realmente a hidro-estesia pode ajudar e muito todo o semiárido com a localização de veios de água no subsolo, pois muitas vezes se perfura poços artesianos e nem assim se encontra a água e perde-se muito dinheiro com isso . afinal o custo de um poço artesiano é bem elevado. Mas esse S. Cícero ai está querendo se “enfeitar demais”, tudo isso que ele diz sobre ter que ficar só,se alongar,se concentrar,não poder usar a energia para encontrar mais de um poço por dia…é tudo “BALELA”,isso não existe na hidro-estesia, o BOM “vedor”, pode localizar vários poços por dia vai depender do tempo de locomoção de uma fonte á outra.Tenho um parente que localiza e sabe indicar se é um único veio,se são dois ou mais veios cruzados ou uma nascente.Calcula a e faz a estimativa + ou – da profundidade e O MELHOR de tudo sabe como localizar os veios de água potável(doce) ou dizer se é salgada (salina). Existem pessoas de maior e menor sensibilidade, mas não são necessárias todas essas “papagaiadas” .
Helena, gostaria de saber onde seu parente reside, sou da Bahia, tenho uma propriedade no qual ja perfurei 4 poços sem sucesso, veio um rapaz marcou os pontos e tals, um deu 800 l/H, outro 900 L/H e 2 a agua ate que apareceu mais depois dos 50 metros perfurados a agua escafedeu-se, tive um bom prejuízo, necessito de agua para irrigação de café e Maracujá, podes me ajudar?
Grato.
Att: Paulo Henrique
Respeitável assunto! Gostaria de ter um contato no intuito testar minhas condições para essa atividade e, se possível, colaborá com o semiárido nordestino.
Parabens por seu anexo, bastante útil.
Tenho facilidade desde criança, aposentei-me como professora e gostaria de fazer cursos sobre o tema, pode me ajudar pois resido em São Paulo.
Obrigada e parabéns .
Arlete Barreto
Primeiramente parabéns pela reportagem !!! a gente sempre viu acontecer ou ouvir falar mas nunca divulgado isso ébom pra mostrar que essa tecnica e verdadeira e ja tem ajudado varias familias …
Ola adorei gosta taria de saber o contato de pra saber qunto ele cobra. Pois tenho um terreno em caruaru e nao tem agua obrigado
Parabéns pelo trabalho. Muitíssimo importante para o sertão.
Estive recentemente no sertão da Bahia e pude conhecer o trabalho de pessoas que usam este dom, para levar esperança ao povo.
Me senti tão feliz, ao ver que meu sertão seco, virou um oásis com tanta terra irrigada, depois da descoberta dos poços.
É possível viver no nordeste, com dignidade.
muito legal, gostaria de saber quanto ele cobra por esse serviço pois tenho uma propriedade aqui no agreste de pernambuco e tennho interesse em perfurar um poço.
espero contato no e-mail.
obrigado pela atenção e parabéns pela materia
Muito bacana isso, parabéns pela divulgação da técnica que é tão desconhecida, e quando conhecida é vista com deboche, como se fosse mentira. Essa técnica é muito antiga e aqui onde eu moro que é em uma chácara em Santa Catarina, um senhor certa vez encontrou um ponto d’agua utilizando esta técnica.