Morre Rafael Soares, filho do apresentador Jô Soares

Por Ricardo Banana
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Sem títuloRafael Soares, filho do apresentador Jô Soares, morreu nesta sexta-feira (31), no Rio de Janeiro, aos 50 anos. Fruto do relacionamento de Jô com a atriz Theresa Austregésilo, ele sofria de autismo.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do apresentador, que não deu detalhes sobre a causa da morte. Rafael vivia com a mãe no Rio e, quando vinha a São Paulo, ficava no apartamento do apresentador em Higienópolis.

No ano passado, Jô contou que sua peça Três Dias de Chuva, que ficou em cartaz em São Paulo, foi inspirada no filho. “Eu tenho um filho autista, com uma série de problemas que se agravam. E isso é uma condição genética. Fica difícil se comunicar com ele”, disse ele à época.

Sem título2Em 2003, quando VEJA SÃO PAULO retratou Jô Soares em um perfil, o apresentador contou que Rafael tocava piano, fazia programa de rádio em casa, falava inglês e tinha aprendido a ler sozinho aos 4 anos de idade.

Rafael tinha o jeito de andar de bonequinho, o humor e a musicalidade do pai. Sofria do chamado autismo “de alto nível”, como o personagem vivido por Dustin Hoffman em Rain Man. Ele possuía uma boa capacidade de comunicação e inteligência, mas tinha dificuldades motoras e vivia em uma espécie de mundo particular. “Estávamos em uma loja de livros e o Rafinha separou vinte para levar”, conta Jô. “Pedi que escolhesse alguns e ele me respondeu: ‘Não quero nenhum. Escolher é perder sempre’”, contou Jô, na época da reportagem.

Jô lembrou-se com desvelo de outras boas sacadas do filho, como quando ele disse durante uma partida do Fluminense que o grito de guerra das torcidas estava desafinado. “Ele é genial.”

No Rio, ele costumava ir aos finais de semana ao teatro e ao cinema, acompanhado ou da mãe ou das duas assistentes que ajudavam com os cuidados diários.

Outros filhos não aconteceram na vida do apresentador. Theresa chegou a engravidar de gêmeos depois de Rafael, mas a gestação não vingou. “O Rafinha é diferente. Mas hoje eu não queria ter um filho diferente dele”, afirmou, em 2003, o apresentador.

FONTE: VEJA SÂO PAULO

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1 comentário

Meire 1 de novembro de 2014 - 15:02

Quantas pessoas sofrem por tantas coisas e até desconhecem de que…
Autismo é uma síndrome e não um sofrimento. Por ter determinado tipo de deficiência não significa remeter ao indivíduo incapacidade. Na verdade, dentro de suas limitações, segundo relato do pai, Rafael era um sujeito ativo, inteligente, sábio, pensava rápido e dizia daquilo que refletia. Exercia funções pois foi alfabetizado de forma autodidata aos quatro anos, falava inglês, fazia programas de rádio em casa, tocava piano, entre tantas outras tarefas desconhecidas da sociedade que outras pessoas ditas “normais” não exercem.
Dizer que Rafael tinha seu mundo particular é bobagem, pois fez a diferença no mundo real, onde todos estamos e, em muitos momentos, não somos capazes de executar se quer o mínimo para transformar a sociedade.
Viva a diferença!
Por um mundo cheio de pessoas tão puras quanto Rafael!
Que Deus o abençoe!

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