Petrolina: Greve dos professores permanece por tempo indeterminado

Por Ricardo Banana
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imagemO coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) Robson Nascimento falou nesta quinta-feira (23) ao Nossa Voz. Robson esclarece sobre a greve declarada pelos professores e comenta sobre a decisão do governo, que resolveu endurecer a multa para quem descumprir a ordem do retorno às salas de aula.

Segundo Robson, a greve foi deflagrada pela categoria em uma assembleia geral dos trabalhadores, e ela também só se encerra em uma assembleia da categoria. “É estranho o governo vim pros meios de comunicação dizendo que a greve encerrou. Mesmo que haja uma ação judicial, mesmo que haja uma confirmação da ilegalidade, essa greve só deverá terminar na Assembleia”, conta.

No último dia 17, em Recife, houve uma assembleia onde os trabalhadores deliberaram pela manutenção da greve. De acordo com informações, na próxima segunda-feira (27) terá uma outra assembleia. “Até lá a greve continua por tempo indeterminado”, ratifica Robson.

Robson esclarece ainda que o Sindicato possui um calendário de mobilização por todo o Estado, e que a adesão tem sido positiva. Para o coordenador, o governo está adotando medidas punitivas para os trabalhadores, colocando multas. “O Sindicato tem ações para reverter isso; Entramos com três ações – Uma ação, um mandado de segurança para garantir o direito dos trabalhadores na permanência da greve sem essas retaliações, entramos com uma ação pra garantir esses 13,01% que é o repasse da União, que é o piso nacional do magistério e também estamos entrando com uma ação pra derrubar essa questão da ilegalidade da greve”, explica.

O apoio dos estudantes tem sido outro fator fundamental para a greve, segundo o coordenador.

Sobre as justificativas de que o repasse não poderia ser realizado agora, somente na data-base, em junho, Robson afirma que há uma contradição por parte do governo. “Data-base de junho é pra negociação com todas as categorias, com todas as secretarias do Estado, e o governo vai fazer o repasse do ajuste, do aumento salarial negociado para essa data-base, isso com os recursos do próprio orçamento do Estado; O que nós estamos reivindicando nessa greve é o repasse dos 13,01%, que advém da verba do FUNDEB, que é repassado pela União, e já está nos cofres do Estado desde janeiro deste ano”, pontua.

Ainda de acordo com Robson, ano passado o governo assumiu o compromisso em mesa de negociação, um acordo de que cumpriria o percentual para 2015, a partir de janeiro. “É estranho o governo agora dizer que não tem condição, que não tem recursos, se o dinheiro já está sendo repassado desde janeiro de 2015”, questiona. (Grade Rio FM)

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1 comentário

Edva Josefa 24 de abril de 2015 - 13:17

Como o senhor presidente do sindicato pode afirmar que os estudantes estão apoiando o movimento?
“O apoio dos estudantes tem sido outro fator fundamental para a greve, segundo o coordenador”.

sou estudante secundarista também. Não apoio a greve. pois os únicos que estão perdendo algo neste fogo cruzado entre professores e governo, somos nós (estudantes).
se realizarmos uma pesquisa para os estudantes, certamente ouviríamos insatisfações por parte dos tais…..

Sou a favor do professor, mas da greve não.
Os professores deveriam sim ser valorizados, não apenas em salários, mas também em outras diversas questões pedagógicas, mas por meio de greve, fica difícil, pois prejudica muito a classe estudantil..

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