O peso da alimentação escolar

Por Ricardo Banana
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imagemAlunos de 19 escolas da sede e do interior estão sendo pesados. Segundo a Secretaria de Educação, a medida servirá como pesquisa por amostragem e base para ações

A saúde dos alunos também é uma prioridade para a prefeitura de Petrolina. A alimentação escolar saudável demonstra essa preocupação e também o acompanhamento nutricional feita pela equipe de profissionais da Seduc, formada por nutricionistas, tecnólogos em alimentos e estudantes universitários.

O trabalho começa com a pesagem dos estudantes do Sistema Municipal de Ensino de Petrolina para avaliação do peso das crianças. Com essa medida, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, faz um levantamento amostral para saber como anda a saúde e a alimentação dos alunos. Em posse dos resultados, a Gestão local analisará e, se necessário, desenvolverá ações para mudança dos hábitos alimentícios dos discentes.

Ciente da importância da alimentação escolar, o Prefeito Julio Lossio disse que, além de “assegurar uma alimentação equilibrada”, importante no desenvolvimento da criança, a Administração busca “garantir também um atendimento de acompanhamento nutricional dessas crianças para que elas tenham os nutrientes necessários para boa condição da saúde de cada uma delas”, afirma.

Na Escola Municipal Ariano Suassuna, a aluna Maíza Soares Pereira, 11 anos, pensa como adulto quando o assunto é a refeição. “Eu acho melhor a merenda da escola e a comida servida em casa. Salgado, pizza, coxinha não sustentam nosso corpo. A gente também precisa comer frutas, legumes”. Mas, tem quem pense diferente. “Eu gosto de macarrão, salgadinho, pastel. Quem é que resiste a essas tentações?”, pergunta Natson Rosiatson, 11, aluno do 5º ano da Suassuna.

Muitas vezes é difícil convencer as crianças a se alimentarem de refeições nutritivas, comer menos gorduras, açúcar e sal. Porém, a nutricionista responsável técnica da Seduc, Célia de Oliveira, afirma que esse cenário vem mudando na Rede. De acordo com ela, isso acontece “porque toda vez que inserimos um novo alimento, é feito um teste de aceitabilidade. Nós também observamos que, pelo fato do cardápio ser baseado com alimentos da região e de nosso hábito, facilita a aceitação”, instila.

Mesmo assim, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a realidade do país é de 1 em cada 3 crianças de 5 a 9 anos com sobrepeso. Pensando em evitar essa realidade para a cidade, a prefeitura está tomando medidas preventivas. “O objetivo dessa pesagem é detectar estudantes que estejam em sobrepeso, obesidade ou, até mesmo, baixo peso, e, a partir disso, podermos planejar o cardápio que a Rede oferecerá”, itera o Secretário Municipal de Educação, Cel. Heitor Leite.

Pesquisa por amostragem

Das 80 escolas municipais de Petrolina, a Secretaria de Educação escolheu aleatoriamente 19 unidades da sede e interior, o equivalente a 24% delas. Segundo a Secretaria, 16 já foram visitadas e os alunos das últimas 3 unidades serão pesados neste segundo semestre de 2015. “Nós ainda não temos resultados conclusivos, mas, já podemos observar que, dentro de nossas escolas, nós não temos um perfil nutricional de obesidade ou desnutrição”, conclui a nutricionista técnica.

A Prefeitura de Petrolina também faz palestras nas escolas para alunos, professores e cozinheiros, tratando de assuntos como colesterol, diabetes, hipertensão e outras doenças relacionadas à alimentação.

Ascom PMP

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