Ricardo Banana

Justiça condena Cerveró e Baiano por corrupção e lavagem de dinheiro

imagemA Justiça Federal condenou nesta segunda-feira (17) o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Baiano e Júlio Camargo, ex-consultor da Toyo Setal, por corrupção e lavagem de dinheiro. A ação penal teve origem na 8ª fase da Operação Lava Jato.

Os três são acusados de envolvimento no esquema de fraude, corrupção, desvio e lavagem dinheiro descoberto dentro da Petrobras. Cerveró e Baiano foram acusados de receber e intermediar propina em contratos da estatal.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, segundo a denúncia apresentada pelo MPF em dezembro de 2014.

Na sentença, porém, consta que as vantagens indevidas tenham superado R$ 54,5 milhões. Cerveró e Baiano terão que devolver este montante à Petrobras como forma de indenização pelo danos decorrentes dos crimes.

O doleiro Alberto Youssef, que é considerado peça chave no esquema criminoso, também é réu nesta ação. Entretanto, ele foi absolvido do crime de lavagem.

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais na primeira instância, avaliou que não há prova suficiente sobre esta prática. Dos condenados, apenas Júlio Camargo não está preso.

Foi em uma audiência, inclusive, desta ação que Júlio Camargo afirmou que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB), pediu US$ 5 milhões para viabilizar um contrato de navios-sonda na Petrobras. O deputado nega.

Veja pelo que cada um foi condenado

Nestor Cerveró – corrupção passiva e lavagem de dinheiro – 12 anos e 3 meses de prisão

Fernando Baiano – corrupção passiva e lavagem de dinheiro – 16 anos e um mês de prisão

Júlio Camargo – corrupção ativa e lavagem de dinheiro – 14 anos de prisão, porém, devido ao acordo de colaboração, deverá pegar cinco anos, em regime aberto.

Júlio Camargo também foi absolvido por crimes contra o sistema financeiro nacional.

Esta é a segunda condenação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró ligada à Lava Jato. A Justiça o considerou culpado pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um apartamento de luxo no Rio de Janeiro impondo pena de cinco anos de reclusão. O imóvel, segundo o Judiciário, foi pago com dinheiro de propina. Já para Júlio Camargo e Fernando Baiano está é a primeira condenação.

Procurada pelo G1, a defesa de Nestor Cerveró, representada pela advogada Alessi Brandão, não quis comentar. O advogado de Fernando Baiano, Nélio Machado, disse que ainda não tem conhecimento do teor da condenação e que vai se pronunciar sobre o caso ainda nesta segunda-feira. Já Antônio Figueiredo Basto, que defende Júlio Camargo, não foi localizado pela reportagem. (G1)

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