Alunos afirmam que Ministro da Educação admite possibilidade de bonificação regional na Univasf

Por Ricardo Banana
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imagemA professora de biologia e sócia de um curso preparatório, Mary Ann Saraiva, em recente encontro com o Ministro da Educação Eloysio Mercadante, em Brasília, repassou a necessidade da implantação da metodologia de bonificação para os alunos sertanejos. Os estudantes Igor Cardoso e Ronaldo Goes Júnior, que também estiveram no encontro, defendem o bônus na nota do Enem para alunos do Vale do São Francisco na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e contam que o Ministro da Educação Eloysio Mercadante admite a possibilidade de implantação da bonificação regional da Universidade.

De acordo com Igor, o ministro declarou apoio a iniciativa. “O ministro disse que após a eleição para a escolha da reitoria da Universidade, ia convidar o reitor para discutir o assunto, quando serão entregues os documentos da comissão que defende a implantação do bônus ao reitor Julianelli Tolentino, reeleito esta semana”.

Ainda segundo Igor, o grupo que esteve reunido com o Ministro percebeu três hipóteses, levantadas por ele para a resistência de adoção a bonificação. “Foram as palavras do ministro, não minhas: a primeira é que o bônus pode não ter sido adotado porque o reitor não tinha voto suficiente para ganhar esta causa (diante da Conselho Universitário); a segundo é que ele poderia perder votos na comunidade acadêmica; e a terceira é que o reitor estava falando que iria colocar o bônus esperando a eleição passar e não ia colocar”, citou o estudante. Igor lembrou que o próprio reitor, no mês de abril deste ano, declarou empenho na garantia de 20% da bonificação.

Ronaldo Goes reforça que o benefício será para os estudantes de 350 municípios do sertão do São Francisco, que moram em torno dos campi da Univasf. “É para mais 1 milhão de pessoas. A Univasf quando foi implantada aqui venho com o conceito de mudar a região, mas ainda não está cumprindo com esse papel 100%, queremos que ela cumpra esse papel social, queremos que os alunos da região estudem na Univasf”.

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De acordo com a professora Mary Ann, a possibilidade de dar autonomia ao Conselho de votar numa política de bonificação, também chamado de argumento de inclusão regional dá ao Conselho a competência de julgar as regionalidades. “Para não expor aos jovens a concorrência nacional, num país de desiguais. Nós estamos no semiárido do nordeste, onde se tem a menor renda per capita, que tem dificuldades educacionais seculares, que precisam ser corrigidas. Defendo uma educação de qualidade, quicá um dia não precisemos lutar por bônus nenhuma”, argumenta.

A professora frisa que a Univasf é a única Universidade do semiárido que não está adotando a medida de inclusão regional. “A UFPA (Universidade Federal do Pará) teve a suspensão da bonificação revogada no dia seguinte da decisão de um Juiz e mantém a bonificação”. Ela citou que outra universidade no interior do Estado também mantém a medida definida pelo Conselho Universitário, baseado na LDB. Ela alega que não entende a resistência do reitor Julianelli Tolentino de adotar o bônus regional. “Quanta insensibilidade com o filho do sertanejo! Foram as palavras do ex-deputado Osvaldo Coelho”. (Grande Rio FM)

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