CARDOZO: POLÍTICA DEIXARÁ DE CONTAMINAR ECONOMIA

Por Ricardo Banana
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imagemHomem forte no núcleo político da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, avalia que a freada que o Supremo Tribunal Federal (STF) deu no rito do impeachment proposto pelos desmandos do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fará com que os ânimos esfriem durante o recesso parlamentar.

Cardozo vê ‘rejeição’ ao impeachment e prevê que chega ao fim a era em que as variáveis políticas determinam o desenvolvimento econômico do País.

“É evidente que, muitas vezes, tanto no plano econômico, quanto no político, é impossível você controlar todas as variáveis. Mas acho que o ciclo da situação política determinando a crise econômica está claramente se interrompendo. A realidade política começa a ser pacificada. Começa, cada vez mais, a se caracterizar a rejeição a um impeachment. Fica cada vez mais claro que o impeachment não é solução. A própria oposição hoje se encontra numa situação difícil por insistir num processo de impeachment, que tem pecado original mortal, que é ter sido desencadeado como uma retaliação, a partir de um presidente da Câmara dos Deputados que está sendo investigado e contra o qual paira um pedido de afastamento”, diz o ministro em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

Ao contrário dos pessimistas, Cardozo avalia que o retorno das atividades do Congresso, em fevereiro, será mais agitado e desfavorável para Cunha do que para a presidente Dilma.

“Não tenho dúvida que fevereiro pode ser um mês que envolverá tensões próprias do mundo das disputas parlamentares, onde se coloca a questão do próprio Eduardo Cunha. Mas, em relação ao impeachment, não vejo o que se pode fazer com um processo claramente frágil naquilo que se alega e motivado por uma vingança. E sob os quais o próprio Supremo já anulou atos. Porque foram praticados dentro dessa perspectiva de vingança. Não é à toa que o próprio presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), deu declarações duras em relação ao presidente da Câmara, buscando se afastar dele”.

Sobre o novo ministro da Justiça, Nelson Barbosa, Cardozo acredita que a turbulência causada por sua chegada é infundada, e leva em conta previsões abstratas feitas pelo mercado.

“Eu vejo um 2016 melhor. Acho que as especulações que colocaram diante da nomeação do ministro Nelson Barbosa são absolutamente infundadas. Tem muito de especulação e de desconhecimento. O ministro é uma pessoa equilibrada, madura, que saberá desenvolver a política correta que hoje o País precisa. Não é um irresponsável. Haverá quem invista no quanto pior, melhor”. (247)

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