O auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina (STR) ficou lotado e com um discurso coeso em apoio ao não ao golpe, ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e em apoio à defesa da democracia, às conquistas sociais que mudaram a realidade de milhões de brasileiros nos últimos 13 anos e apoio as investigações que julguem de forma justa dentro Operação Lava Jato. Foi a pauta principal da primeira plenária da Frente Brasil Popular em Petrolina ocorrida na noite desta segunda-feira, dia 28.
A Frente foi apresentada oficialmente a todos os presentes. O médico Aristóteles Cardona é um dos coordenadores da Frente na cidade e integra o movimento Consulta Popular. Ele contou que a Frente Brasil Popular nasceu em setembro do ano passado e e é formada por mais de 50 instituições.
“Em Petrolina também somos muitos. Somos representantes de entidades, sindicatos, movimentos sociais, um grupo amplo como o dos movimentos em defesa dos negros, indígenas e de gênero e sociais. Hoje o que traz a unidade para gente é a defesa da legalidade, da democracia e mudanças no governo, trazendo mais para o campo popular. A presidente não pode sofrer um processo de impeachment sem ter cometido crime e impeachment sem crime é golpe”, disse Ari.
Uma secretaria operativa nacional orienta as ações da Frente nos estados e municípios. “Na prática, estamos lançando aqui a nossa unidade que hoje é a luta política. São os acordes da democracia. A gente precisa barrar esse processo de impeachment”, frisou o coordenador.
Na plenária houve saudações iniciais dos parlamentares presentes como os vereadores Cristina Costa e Geraldo da Acerola, do PT, sigla parte da Frente. Mais adiante, o deputado estadual Odacy Amorim, do PT, também se pronunciou.
A professora Socorro Lacerda representou a Executiva Municipal do PC do B e os movimentos sociais como MST, Levante Popular da Juventude, Sindicato da Agricultura Familiar, STR, entre outros integrantes da Frente Brasil Popular na cidade e convidados que também se pronunciaram.
Uma palestra do professor, historiador e sociólogo da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Luciano Bonfim, esclareceu pontos do cenário político atual e o risco do processo que vem sendo apresentado para impedir uma presidente eleita de forma legítima, de governar. Ele coloca a questão do machismo, do preconceito de gênero, também como fator nessa perseguição ao Governo Dilma.
“Impeachment é um cenário de discriminação de gênero. O movimento anti Dilma é uma questão do machismo e do patriarcalismo”, reforçou o professor.
No final da plenária, foram tirados encaminhamentos para a grande manifestação da Frente marcada para esta quinta-feira, 31, com concentração a partir das 15h na Praça do Bambuzinho, centro de Petrolina. O ato será marcado por falas e gritos de guerra contra o golpe e o impeachment com participação de grupos culturais e artistas que apoiam e respeitam e democracia e o direito de escolha do povo brasileiro.
“Estaremos alinhados para que não deixe os direitos dos trabalhadores e trabalhadores serem retirados. Vamos levar quem quiser, dizer onde será nossa programação. Não vai ter golpe, vai ter a luta dos trabalhadores e trabalhadoras organizadas”, assinalou Vanessa Chaves, do Levante Popular da Juventude.
Setor de Comunicação – Frente Brasil Popular de Petrolina
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