O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse considerar “desproporcional” a cassação do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff e impedi-la do direito de ocupar cargos públicos por um período de oito anos em decorrência do impeachment. “Ela já foi punida, afastada, mas não inabilitada”, destacou.
Renan, que esta acompanhando Michel Temer em uma viagem à China para a reunião de cúpula do G20, disse achar normal que Dilma questione o fatiamento do julgamento que resultou no seu afastamento, mas manteve os seus direitos políticos. “Claro que ela não se sente contemplada por isso, ela queria não ter sido afastada”, observou.
Segundo ele, o fatiamento não abre um precedente para outras votações do gênero pelo Congresso. “Nenhuma [brecha] para Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara dos Deputados) e Delcídio (ex-senador Delcídio do Amaral)”, afirmou em referência ao fato de aliados de Cunha dizerem que irão usar o caso de Dilma para evitar uma punição mais severa para o parlamentar.
Sobre os protestos contra o impeachment e contra o governo Michel Temer, o presidente do Senado tentou minimizar a dimensão das manifestações que acontecem diariamente em várias cidades do Brasil. “Você imaginar, há dois anos, uma circunstância de desaparelhamento do PT do Estado, a reação que se imaginaria seria maior”, disse. (247)
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