O coração é um dos órgãos vitais do corpo humano. É formado por tecido muscular, sendo o responsável por bombear o sangue por todo o corpo através dos movimentos de contração e dilatação. Além de nos manter vivos, o coração ganhou (do ponto de vista sociocultural) o status de centro da vida afetiva, cognitiva e metafísica, “usurpando” funções específicas do cérebro, como as ligadas aos sentimentos e emoções. Embora a poética não tenha necessariamente um compromisso com a ciência, essa relação não é uma coincidência sem fundamento. O coração é, de fato, o primeiro músculo que reage ao que sentimos. Portanto, não é de se estranhar que o conhecimento popular acredite que o estado emocional pode ser a causa de doenças cardíacas.
A verdade é que o corpo desenvolve as reações orgânicas do estresse mental. Aliado a esse e outros fatores (como falta de exercícios físicos, uso excessivo de sal, obesidade, tabagismo, etc.) a falta de cuidados com o coração desencadeia as doenças cardiovasculares, que representam a principal causa de morte no mundo. Por ser mais prevalente, a hipertensão arterial é a principal vilã neste cenário. Quando não controlada (acima de 140 / 90 mmHg), a pressão arterial causa alterações no coração, e como resultado ocorre o inchaço e a insuficiência cardíaca, que apresenta sintomas como falta de ar e edemas nas pernas.
Em uma publicação recente da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP), o médico cardiologista Dr. Alysson Cavalcanti falou sobre a redução da esperança de vida associada às doenças cardiovasculares. “Os números são alarmantes. Mais de 40% das pessoas que sabem ter pressão elevada, por exemplo, não se tratam e a maior parte dos pacientes que chegam às unidades de saúde já apresenta alguma complicação. O ideal é que se trabalhe a prevenção ou, pelo menos, que as pessoas busquem um especialista ao primeiro sinal da doença. O hábito das consultas periódicas deve ser mantido”, ressalta.
O alerta faz parte das atividades associadas ao “Dia Mundial do Coração”, comemorado em 29 de setembro. “Escolhemos datas importantes do calendário da saúde para levar dados e orientações à população. Trabalhamos na assistência, mas esperamos desse modo contribuir com a prevenção”, destaca a coordenadora geral da Unidade, Magnilde Alves.
Para manter o coração saudável é preciso cuidar da alimentação, praticar exercícios físicos, visitar o cardiologista regularmente e controlar o estresse – que como visto acima também adoece o coração. De acordo com artigo publicado no site da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, é possível que, em algum momento no futuro próximo, as emoções negativas tenham o mesmo status de outros fatores de risco coronariano estabelecidos (tais como o tabagismo ou obesidade) nas práticas de triagem de cardiologistas. “Por isso, os profissionais de saúde precisam avaliar globalmente o indivíduo, levando em conta fatores físicos e emocionais”, conclui o cardiologista da UPAE/IMIP.
Assessoria de Comunicação
UPAE Petrolina
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