HDM/IMIP de Petrolina ressalta a importância dos cuidados com a saúde integral da mulher

Por Ricardo Banana
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No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, além das homenagens, o Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina ressalta a importância dos cuidados com a saúde integral da mulher em todas as suas etapas de vida. Para isso, o médico ginecologista/obstetra da unidade materno/infantil, Marcelo Marques, fala à população sobre cada fase, com destaque para o acompanhamento específico necessário em cada uma delas, a começar pela infância.
Infância
Na infância, o principal é a manutenção de um diálogo aberto. “Os pais devem ganhar a confiança dos filhos e sempre observar se há uma mudança de padrão físico e/ou comportamental importante, que precise ser levado à avaliação de um ginecologista ou pediatra”, destaca Marcelo.
De acordo com o médico, são poucos os problemas ginecológicos ligados a essa faixa etária. Em geral, quando acontecem, estão relacionados à falta de uma higienização correta da região genital, que pode levar ao surgimento de corrimentos e secreções. “Por isso, a orientação de um ginecologista pode ser bastante pertinente”, acredita.
Uma novidade interessante para esse segmento é o surgimento da vacina contra o HPV, cuja primeira dose deve ser administrada a partir dos 11 anos. “A imunização é uma estratégia de saúde pública, que tem como objetivo reduzir a incidência do câncer de colo do útero associado ao HPV. Toda criança deve tomar, independentemente de ter tido ou não a primeira experiência sexual”, informa o profissional.
Adolescência
As orientações ginecológicas na adolescência devem ter caráter essencialmente preventivo e informativo. Geralmente, as dúvidas (perfeitamente normais) têm a ver com as inseguranças com relação ao próprio corpo, seu desenvolvimento e características sexuais que estão se iniciando.
Portanto, nas primeiras consultas o médico ginecologista deve orientar a adolescente com relação a assuntos como menstruação, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, sexo, métodos contraceptivos, alterações corporais (crescimento de pelo e desenvolvimento das mamas), vacinação e atividade física; entre outros assuntos.
“É nessa fase que a mulher vai a primeira vez ao ginecologista e até aconselho que os pais propiciem um momento a sós da adolescente com o médico da confiança da família, para que ela possa tirar dúvidas”, ressalta o especialista.
Quanto aos problemas ginecológicos, o médico esclarece que nessa fase podem surgir corrimentos, candidíase vaginal e alterações importantes na menstruação. “Tudo isso é normal, mas deve ser avaliado por um ginecologista. O importante é que a adolescente não tenha vergonha de ir à consulta e de perguntar”, garante.
Sobre os exames preventivos, ele orienta que os citológicos são indicados somente a partir dos 25 anos, mas em casos de início precoce da vida sexual, a adolescente deve fazê-lo três anos após a primeira relação.
Fase adulta reprodutiva
Na fase adulta as atenções são voltadas à reprodução e à prevenção de doenças. E, nesse caso, o médico ressalta que a mulher deve procurar o ginecologista antes de engravidar, o que não acontece na grande maioria das vezes. “Os ganhos são inúmeros, pois podemos tratar doenças preexistentes, atualizar o cartão de vacina, avaliar alguns riscos e acompanhar a gestação com um pré-natal precoce”, alerta o ginecologista.
Diante da inviabilidade do planejamento, Marcelo destaca que a mulher deve fazer um pré-natal bem feito e criterioso, reduzindo assim as chances de uma gravidez de alto risco por doenças evitáveis e a morte materna.
Além disso, a mamografia é indicada para pacientes a partir dos 40 anos, e o preventivo deve ser feito anualmente, visto que incidência do câncer de colo do útero na região é alta.
Menopausa
Na menopausa, as mulheres procuram o ginecologista geralmente para tratar os sintomas ligados ao período posterior à última menstruação, caracterizado pelos calores, ressecamento da região genital e aparecimento de tumorações na mama. “Mas, os ginecologistas também precisam ficar atentos à necessidade de reposição hormonal e de cálcio. “Existem protocolos para o acompanhamento de todas essas demandas e as reposições devem ser feitas com muita responsabilidade e indicação específica, pois existem efeitos colaterais, inclusive ligados ao estrogênio usado para reposição hormonal que pode predispor uma paciente [que já tenha características genéticas] ao câncer de mama. Por isso, a avaliação deve ser muito criteriosa”, alerta o profissional.
Políticas Públicas
Em termos de políticas públicas, é importante destacar que existe um programa de “Assistência Integral à Saúde da Mulher”, elaborado pelo Ministério da Saúde e incorporado pelo ideário feminista que, inclusive, responsabiliza o estado brasileiro e a rede de saúde pública – da qual o HDM faz parte – quanto aos aspectos da saúde reprodutiva (planejamento, gestação, parto e puerpério), clínico/ginecológica, e nos casos de doenças crônicas e agudas. Nesse cenário, cabem às unidades de saúde a execução, controle e avaliação das ações e serviços; e à população exigir os seus direitos.

Ascom HDM/IMIP

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