As declarações de ódio do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) contra negros, índios e mulheres na palestra no clube Hebraica do Rio de Janeiro (leia aqui) serão investigadas pelo Ministério Público Federal.
A procuradora Ana Padilha, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF-RJ, decidiu aceitar a denúncia feita pelo partido Frente Favela e instaurou procedimento contra Bolsonaro. Segundo o colunista Ancelmo Gois, os dirigentes da Hebraica do Rio também serão investigados. O pedido de investigação recebeu assinaturas favoráveis de atores como Fernanda Torres, Adriana Esteves, Camila Pitanga, Lázaro Ramos, Cassia Kiss e Alexandre Nero.
Nesse fim de semana, a entidade judaica internacional B’nai B’rith soltou nota de repúdio pela “xenofobia e o racismo” das declarações do deputado Jair Bolsonaro em palestra na Hebraica do Rio. Entidade classificou episódio como “vergonhoso” (leia aqui).
Além da investigação da procurada Ana Padilha, já tramita na Procuradoria Geral da República outro pedido de investigação contra as declarações de Bolsonaro na Hebraica. Liderados pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), parlamentares do PT, como Paulão (AL), Erika Kokay (DF) e Maria do Rosário (RS), foram à Procuradoria Geral da República na última quinta-feira 6 protocolaram pedido para que a PGR peça ao Supremo Tribunal Federal abertura de inquérito contra Bolsonaro.
“Não podemos deixar para lá. Sabemos que o racismo é um crime inafiançável, então queremos justiça. Não estamos mais na senzala”, destacou Benedita. “Nós mesmos aprovamos a lei contra o racismo. Como é possível que a gente aprove leis e os próprios parlamentares não as cumprem?”, questionou Maria do Rosário (leia mais).
A Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a organização Terra de Direitos também protocolaram ação contra Bolsonaro na PGR. (247)
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