Quem foi a Câmara Municipal de Petrolina nessa terça-feira (20), presenciou um embate acirrado por causa da discussão sobre uma Moção de Repúdio elaborada pelo vereador Elias Jardim (PHS), a uma reportagem apresentada pela TV Grande Rio, que mostrou em horário nobre a cena de um beijo entre duas pessoas do mesmo sexo (homens).
Em contra partida sobre o tema referido, o vereador Gilmar Santos, confeccionou uma Moção de Aplausos a iniciativa da emissora, mas após discursos acalorados dos parlamentares (que contou com a intervenção da plateia colorida formada por membros da Associação do LBT do Sertão e ativistas), as duas Moções foram retiradas de pauta.
Na justificativa da Moção de Repúdio ao beijo gay, Elias ressaltou os motivos da ação argumentando que está amparado pelo artigo 226 da Constituição Federal que considera um casal um homem e uma mulher.
“Família é pai, mãe e filho o que passar disso não é família, pode até alguém achar que é, mas não é! Como houve um acordo entre a mesa (diretora) e a minha pessoa para que não houvesse esse confronto frontal com pessoal LBTs, nós preferimos recuar já que a gente prega a paz e graças a Deus deu tudo certo”, frisou o vereador.
O ator e colunista social Edvaldo Franciolly, considera que a retirada da Moção da pauta da Câmara representa um ato de humildade de Elias Jardim, tendo em vista que o parlamentar há mais de 50 anos congrega na igreja evangélica que não admite a questão homoafetivo, mas o colunista não concorda com a ideia usada pelo vereador que citou a Constituição para evidenciar a formação de uma família – Homem e Mulher.
“Elias esqueceu que está tramitando no Congresso Nacional e já acontece no Brasil, o reconhecimento da família homoafetiva, ou seja, a união matrimonial entre homem com homem, mulher com mulher e os gays já estão adotando crianças educando-os como filhos cidadãos de bem. A única coisa que queremos é respeito, se a Moção tivesse passada na sessão desta terça, haveria o beijaço gay, mas como ela foi retirada com todo respeito viva a diversidade e viva a diferença”, enumerou o colunista social Franciolly.
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