Na manhã da sexta-feira (20), o encontro sobre a Nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), realizada no auditório da Universidade do Pernambuco (UPE), contou com a presença do presidente do Sindsemp (Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina), Walber Lins.
O evento que abordou o tema: “Flexibilização ou Retrocesso?” contou com a participação de Maria Graziela Alves Lima, representando a Secretária Municipal de Saúde, falando sobre a Autonomia da(s) Prefeitura(s) na Nova PNAB; da Secretária Executiva de Vigilância, Marlene Leandro Peixoto, que explanou O Horizonte Local para a Nova PNAB, além do presidente do SINDSEMP, Walber Lins que debateu o Redirecionamento do Financiamento e a Privatização da Atenção Básica.
A professora da UPE, Maria Antonieta Albuquerque, que faz parte do Grupo de Estudo e Pesquisa CNPQ UPE, Teorias e Práticas em Doença, Saúde e Cura, idealizador do evento, expõe a necessidade do debate com o público direcionado aos profissionais da saúde e estudantes da área.
“Estamos preocupados com a situação da saúde de um modo geral, e quando a gente discute PNAB, levamos em consideração que são as instituições do país que estão sendo transformadas, avançando numa crise política. É um momento de redefinição da assistência social que já foi desmontada sofrendo o mesmo processo da reforma trabalhista”, completa com o convite à mobilização de todas as instituições para os debates necessários para auxiliar a população a entender o momento em que estamos vivendo.
O professor da Universidade do Vale do São Francisco (UNIVASF), e médico da atenção primária no município de Petrolina, Dr. Aristóteles Cardona Júnior, foi o conferencista do evento e considerou fundamental para o momento em que o Brasil atravessa.
“A gente sabe que a nossa estratégia de saúde da família, adotada a um bom tempo para a atenção primária, é um modelo assistencial que cresceu muito em nosso país e tem uma aprovação importante por parte da população brasileira, e que com essa nova política, entre outras mudanças que são ruins, talvez uma das principais é que ela não mais priorize o modela de atenção a estratégia de saúde da família, então a gente corre o risco de voltar a modelos antigos, que não atendem à demanda de saúde da população”, ressaltou com uma preocupação referente aos rumos que a saúde pode tomar.
O presidente do SINDSEMP, Walber Lins, que fez parte da mesa de debates, não somente como esfera de discussão do controle social, mas também como representação classista dos servidores públicos, ressaltou que.
“A gente está tendo que está se impondo uma relação de trabalho aonde vai se atribuir mais trabalho a esse servidor e a remuneração a priori vai continuar a mesma, até porque o limite de gastos por vinte anos, estabelecido pela emenda constitucional, não dá traz outras perspectivas”, disse, enfatizando ainda que possíveis problemas, a exemplo de mão de carga horária fracionada dos funcionários, dentre outros.
A intenção dos organizadores do evento é de que os debates continuem, para que todas as temáticas sejam discutidas e avaliadas junto à população.
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