Representantes dos aprovados nos concursos públicos da Polícia Civil e do Tribunal de Justiça de Pernambuco participaram de reunião da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (16) buscando apoio dos parlamentares para que a convocação deles ocorra antes da expiração dos prazos dos certames. 883 candidatos aguardam chamada para realização de curso de formação da Polícia Civil, enquanto 109 vagas oferecidas pelo TJ esperam ser preenchidas após a conclusão de investigação feita pelo Ministério Público acerca de possíveis fraudes no dia do exame.
O presidente da Comissão, deputado Lucas Ramos (PSB), propôs a criação de um grupo de trabalho no colegiado para tratar, junto ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público de Pernambuco, da situação dos aprovados no TJ. “Aguardaremos a finalização das investigações feitas, mas acreditamos que não devemos cancelar o certame inteiro por conta de alguns candidatos que agiram de má-fé. Vamos atrás de respostas para que a convocação seja feita e os novos servidores possam contribuir com o Poder Judiciário”, declarou o parlamentar. O MPPE pediu a suspensão do concurso e da homologação do resultado final após denúncias sobre irregularidades no dia da aplicação da prova, realizada em outubro do ano passado.
Segundo a representante dos aprovados no Tribunal, Maria Cecília Brito, a reunião foi proveitosa. “Lucas Ramos tem se mostrado interessado no assunto e saímos com mais esperanças de que chegaremos a uma solução”, afirmou. “São 109 pessoas aguardando uma definição e prontas para preencher o passivo que existe no Estado, que é até maior do que o número de vagas ofertadas.”, explicou.
Quanto ao concurso da Polícia Civil, o socialista afirmou que o Poder Executivo analisa cuidadosamente a chamada. “O governador Paulo Câmara sinalizou a convocação de todos os candidatos aprovados no concurso público. O que queremos é que seja iniciada a segunda turma do curso de formação, o que em nosso entendimento não implica na convocação imediata e aumento da despesa com pessoal, respeitando o limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Queremos apenas vencer uma etapa do edital do concurso, uma vez que os candidatos aprovados já passaram pelos testes físico, médico e psicotécnico”, analisou Lucas. De acordo com o deputado Isaltino Nascimento (PSB), o assunto está sendo tratado na Procuradoria Geral do Estado. “O governador solicitou esclarecimentos à PGE para que seja verificada a viabilidade do início do curso de formação” disse.
Tiago Farias, um dos aprovados no concurso da Polícia Civil, salientou que para a política de segurança pública gerar resultados mais positivos é necessário reforçar o trabalho da instituição. “No mínimo 120 servidores vão se aposentar em breve e essas vagas precisam ser preenchidas. Não podemos perder a oportunidade de entrar na academia para, logo em seguida, contribuirmos com as ações de defesa social em Pernambuco”, ressaltou. “Agradecemos ao deputado Lucas Ramos por colocar a Casa Legislativa à disposição e estamos prontos para contribuir com o Estado”, arrematou.
Ascom