A Reforma trabalhista feita pelo governo ilegítimo de Temer, Padilha e Parente levou a OIT (Organização Internacional do Trabalho) a colocar o Brasil na ‘lista suja’ como país que pratica as 24 violações das convenções trabalhistas no mundo. Para a OIT, o Brasil apresenta problemas graves com relação: à liberdade sindical, a assassinatos de líderes trabalhistas e a irregularidades na aplicação das convenções da entidade.
“(…) o Brasil foi amplamente citado (…) houve uma forte resistência por parte dos empresários e, do lado do Itamaraty, um lobby intenso foi feito para tentar evitar que o País aparecesse como um dos piores casos de violação do mundo. A pressão do governo, porém, fracassou. A avaliação agora significará mais um constrangimento internacional para o governo de Michel Temer, que desde o ano passado alertou a OIT a não se envolver nos debates políticos no Brasil.
Em 2017, movimentos trabalhistas conseguiram fazer com que a OIT chegasse a abrir uma avaliação sobre o Brasil, apontando para denúncias contra de violações dos direitos dos trabalhadores estipulados pela Reforma Trabalhista. Mas o pais acabou não entrando na lista dos 24 casos prioritários, já que a reforma ainda não tinha entrado em vigor. Mas isso não impediu o governo de entrar em choque com a entidade. Em junho do ano passado, o então ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, alertou em um discurso na OIT que a entidade tem “grandes responsabilidades, devendo preservar sua natureza estritamente técnica e especializada”.
“A OIT é um órgão técnico e especializado e tem uma parceria com o Brasil desde sua fundação”, disse o então ministro em entrevista ao Estado em junho de 2017. “Respeitamos a organização. Tenho uma relação respeitosa com o diretor-geral Guy Ryder e defendemos que ela mantenha sua natureza técnica e especializada para assessorar países membros para promover o trabalho digno no mundo”, completou.
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