As rusgas entre integrantes do ‘Governo Novo Tempo’, parece mesmo não ter fim. Nesta terça-feira, 12, um novo ‘fogo amigo’ entre aliados do prefeito Miguel Coelho, PSB, chamou a atenção durante a sessão da Câmara Municipal.
A polêmica da vez envolveu o vereador Ronaldo Souza (Ronaldo Cancão-PTB) e o assessor especial da Prefeitura, Pedro Caldas. Cancão não gostou nada de saber que Pedrinho, como é conhecido, teria dito recentemente que ao aprovar projeto de outorga onerosa para construções na orla da cidade, vereadores poderiam ter privilegiados empresários da construção civil na cidade. O projeto entrou em pauta no ano passado e a base governista, de ampla maioria, disse sim à matéria.
“Espero que ele possa se retratar, porque há uma série de equívoco no que ele disse. Isso também coloca em dúvida a conduta do prefeito, porque votamos a lei da outorga onerosa em 2017. O que eu espero é que ele possa se retratar”, disparou o governista.
Conforme o vereador aliado, Pedro Caldas foi induzido ao erro, “querendo se aparecer. Quer ser vereador, arrume voto para vir para a Câmara. Eu me elegi com voto. Não preciso destruir ninguém para construir a minha escada para permanecer na vida política. Não é a minha filosofia. Eu respeito a todos e dessa forma cheguei pela terceira vez à Casa Plínio Amorim”, frisou.
Conforme o petebista, as declarações de Pedrinho teriam sido o quarto desconforto que ele teria provocado para atingi-lo, colocando sua postura parlamentar em xeque. Perguntado se Pedro Caldas teria faltado com respeito à base do governo na Câmara, gestão em ele mesmo faz parte como assessor especial, Cancão enfatizou que sim.
“A outorga onerosa atinge não só a orla, mas sim toda a cidade. São muitos os problemas. Não aceito esse argumento, insinuando que empresários teriam feito oferta para que se aprovasse duas pirâmides na orla. Que empresário é esse? Então eu exijo respeito”, concluiu Ronaldo Cancão sem responder o que fará, caso Pedrinho não se retrate.