Prevendo o teatro jurídico e as pressões que permeiam o Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a aliados que o visitaram em Curitiba que em nenhum momento teve a esperança de que seria solto com a decisão do ministro Marco Aurélio Mello sobre prisões em segunda instância. Lula afirmou ter certeza de que ela seria revogada. Em recado recém divulgado, Lula disse não ser um preso, mas um refém do Estado.
A reportagem da coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo destaca que “segundo relatos de quem esteve com ele em sua cela em Curitiba, o líder petista disse que sua liberdade não interessa a outras forças políticas na atual conjuntura. Ele acompanhou pela televisão as notícias do Supremo Tribunal Federal.”
Na esteira da sequência inédita de frustrações judiciais, “familiares e dirigentes do PT sugeriram a Lula que peça transferência para prisão domiciliar por razões humanitárias, apontando sua idade, 73 anos, e o fato de ter tratado um câncer. O ex-presidente resiste à ideia. Acha que seria desrespeitoso com os militantes acampados em Curitiba desde sua prisão.” (Brasil 247)