O ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) atuaram nos bastidores, durante o fim de semana, para que o Senado recuasse da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o “ativismo judicial” em tribunais superiores. A CPI, apelidada de Lava Toga, era um pedido do senador Alessandro Vieira (PPS-SE), mas foi enterrada após três senadores retirarem o apoio – Katia Abreu (PDT-TO), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eduardo Gomes (MDB-TO).
Kátia afirmou que teve uma conversa por telefone com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes antes de recuar. De acordo com a parlamentar, senadora, este não é o momento para abrir uma crise institucional no País.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Vieira disse que houve ameaça de retaliação por parte de ministros.
Ao apresentar o pedido de criação da CPI, o senador do PPS-SE apontou o “uso abusivo de pedidos de vista ou expedientes processuais para retardar ou inviabilizar decisões do plenário” e a “diferença abissal do lapso de tramitação de pedidos, a depender do interessado”. São duas questões que dizem respeito direto ao funcionamento interno do Supremo. (247)
