Havan passa a vender alimentos para tentar reabrir como serviço essencial

Por Ricardo Banana
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Em uma tentativa de ser classificada como atividade essencial em meio à pandemia do novo coronavírus e, assim, poder reabrir as unidades fechadas, a rede de lojas de departamento Havan passou a vender alimentos como arroz, feijão, macarrão e óleo. Antes, a empresa vendia produtos para casa, como eletrodomésticos e enxovais.
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A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo a reportagem, funcionários da Havan afirmaram que a venda desses produtos começou há cerca de duas semanas, já em meio à pandemia. Também conforme a publicação, o estoque de alimentos nas lojas é sempre baixo.
A Havan pertence a Luciano Hang, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na semana passada, em reunião com empresários, Bolsonaro fez um apelo para a categoria “jogar pesado” contra os governadores, que, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), têm autonomia para decidir sobre o fechamento do comércio na pandemia.
A decisão de fechamento vem sendo tomada para ampliar o distanciamento social, apontado por especialistas e autoridades internacionais de saúde como forma de conter a propagação do novo coronavírus, que já matou quase 18 mil brasileiros. O presidente, contudo, tem feito campanha pela reabertura, tendo dito, inclusive, que reabriria as lojas por meio de decretos que alterassem as categorias classificadas como serviços essenciais.
Conforme informações disponíveis em seu site, a Havan tem 148 lojas pelo país, das quais apenas 16 — equivalente a cerca de 10,8% — estão fechadas. Também no portal da empresa, os únicos alimentos colocados à venda são chocolates e cápsulas de café. À Folha, a Havan disse que o departamento jurídico não iria se manifestar.
Correio Braziliense

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