O presidente Jair Bolsonaro, ministros e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, participaram por videoconferência de reunião com governadores de todo o Brasil na manhã desta quinta-feira (21). A reunião começou por volta das 10h10 e se resumiu a discussões sobre o congelamento dos reajustes de salários dos servidores públicos até o final de 2021 e acerca do socorro financeiro aos estados e municípios. Na reunião, Bolsonaro se comprometeu a sancionar o projeto “o mais rápido possível”.
Aprovado pelo Senado Federal, o projeto de de Lei Complementar (PLP 39/2020), que cria o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus para prestar auxílio financeiro de até R$ 125 bilhões a estados, Distrito Federal e municípios, aguarda sanção presidencial.
“Alguns perderam seus empregos, outros estão tendo salários reduzidos, os informais foram duramente atingidos nesse momento. Vamos buscar maneiras para que, ao restringirmos alguma coisa [reajuste] até 31 de dezembro do ano que vem para os servidores da União, dos estados e dos municípios, nós possamos vencer essa crise”, afirmou o presidente ao defender o congelamento.
Após uma fala do presidente Jair Bolsonaro, que defendeu um apoio consensual à manutenção de vetos ao projeto e disse que o objetivo do encontro é “mitigar problemas e atingir na ponta da linha aqueles que são afetados pela crise”, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) defenderam uma unidade no processo de discussão das políticas de enfrentamento a Covid-19.
“Não há uma divisão entre o poder Executivo, poder Legislativo e poder Judiciário. Conseguimos construir uma conciliação”, afirmou Alcolumbre.
O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi o primeiro líder dos executivos estaduais a se pronunciar e disse que a maioria dos governadores esperam que o presidente vete a possibilidade de aumento para servidores. Azambuja ainda defendeu que a primeira parcela do auxílio fosse paga ainda no mês de maio. O apoio ao veto foi reforçado, em seguida, pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) e por Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul (RS).
O último governador a se pronunciar na reunião foi João Dória Jr. (PSDB-SP), que, em tom amistoso, se posicionou a favor dos vetos.
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