Crítica publicada nos dois jornais destaca que a Lava Jato, cujo juiz foi declarado suspeito pela mais alta corte do país, foi deixada em segundo plano.
Os jornais Folha e Estado de S. Paulo, que omitiram de seus leitores o discurso histórico do ex-presidente Lula no parlamento europeu, em que foi aplaudido de pé nesta segunda-feira, fizeram críticas de teor semelhante à biografia sobre o líder popular, que acaba de ser publicada pelo escritor Fernando Morais. Tanto a Folha quanto o Estado destacam que o livro deixa em segundo plano a versão fraudulenta construída pelo ex-juiz parcial Sérgio Moro, que foi declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte do Brasil.
Portanto, além de ignorar a posição da suprema corte brasileira, os dois jornais ignoram o fato de que Lula conseguiu anular praticamente todos os processos que sofreu nos últimos anos – o que deixa claro que ele foi vítima de lawfare, uma guerra judicial que tinha como objetivo retirá-lo das eleições para que um choque neoliberal fosse implantado no Brasil por um governo de direita ou neofascista, como ocorre atualmente.
No livro que acaba de ser lançado, Fernando Morais fala sobre a experiência de Lula na prisão, mas, evidentemente, não compra a versão fraudulenta que foi vendida pela imprensa corporativa a seus leitores nos últimos anos.