A ideia de gerar a própria energia elétrica em casa vem se tornando cada vez mais uma realidade no país. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicam que, até novembro deste ano, a geração de energia solar fotovoltaica por sistemas de microgeração e minigeração, geralmente instalados em residências e em comércios, cresceu mais de 52%, em comparação com 2020. Esse interesse também tem chegado aos condomínios residenciais, que enxergam na energia solar uma forma de reduzir a conta de luz – em alguns casos, a economia pode chegar a 95%, a depender da área útil disponível para a instalação do sistema.
Foi justamente o interesse por otimizar os recursos do condomínio que levou o morador e síndico do Edifício Jardim Casa Forte, Ricardo Lima, a buscar mais informações sobre a geração de energia solar fotovoltaica. Em um condomínio, a energia gerada pelo sistema fotovoltaico serve para abater da conta os custos com a energia gasta em áreas coletivas, como piscina, academia e salão de festas, por exemplo. “Eu acredito que isso seja uma demanda de praticamente todos os prédios na cidade, porque os custos do condomínio estão crescendo e algumas coisas não podem ser reduzidas, como o valor gasto com mão de obra”, explica.
Há cerca de um mês, após uma consultoria oferecida pelo SENAI, um sistema de geração de energia solar fotovoltaica foi instalado na laje técnica do prédio, localizada acima da cobertura do edifício. A expectativa é de que, em um futuro próximo, a redução da conta de luz do condomínio chegue a 50%. “Em termos de geração de energia, o sistema conseguiu gerar mais do que o esperado e já conseguimos perceber uma redução parcial nesta primeira conta, com menos de um mês de funcionamento”, detalha.
Consultor do Instituto SENAI de Tecnologia em Materiais e Processos Produtivos, Ricardo Chalegre alerta que alguns pontos precisam ser levados em consideração antes da instalação de um sistema fotovoltaico. Em primeiro lugar, é preciso verificar o espaço útil disponível para a instalação das placas solares. Essa análise será fundamental para o cálculo da quantidade de energia que poderá ser gerada mensalmente. “Posso ter uma área grande, mas que sofra com o sombreamento ou com outras questões que façam com que a instalação seja inviável naquele espaço”, ressalta.
Chalegre alerta, ainda, sobre a importância de ter um projeto que consiga oferecer os melhores resultados para o condomínio. “Muitos condomínios desistem de investir em um sistema fotovoltaico por falta de conhecimento ou insegurança, especialmente após se depararem com diferentes projetos que são apresentados pelos fornecedores como as melhores soluções. A consultoria do SENAI é isenta, porque orientamos a partir de uma visão técnica. Realizamos todas as simulações possíveis, com as vantagens e desvantagens de cada tecnologia”, explica.
Com o projeto em mãos, é hora de identificar e escolher os fornecedores. Chalegre indica que os custos para a implantação do sistema fotovoltaico dependerão de fatores como o porte do condomínio, o consumo atual de energia e as tecnologias que serão empregadas. Em média, será necessário desembolsar entre R$ 100 mil e R$ 200 mil nesse processo. “O ideal é sempre implantar ações de eficiência energética antes da instalação do sistema fotovoltaico. Assim, será possível reduzir ao máximo o consumo e o valor da conta de energia e, com isso, evitar a compra de um sistema mais caro do que o necessário”, explica. O retorno financeiro costuma ser percebido em até cinco anos.
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