Servidores federais insatisfeitos com previsão de reajuste salarial apenas para policiais ameaçam deflagrar greve.
A aprovação do Orçamento de 2022 com corte de verbas para a Receita desencadeou uma crise entre servidores federais insatisfeitos com previsão de reajuste salarial apenas para policiais em 2022 que deve resultar na maior greve do setor desde 2012.
Para o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, Rudinei Marques, os servidores públicos devem cruzar os braços a partir de 2022. “A única forma de protesto vai ser reeditar o que fizemos em 2012, com a maior greve da história do serviço público”, disse.
A principal queixa da categoria é a reserva de R $ 1,7 bilhão no Orçamento, aprovado na terça-feira (21), para beneficiar policiais.
A reação começou com a entrega de cargos de chefia na Receita, e se espalhou para outros setores do serviço federal como o Ipea, peritos, auditores agropecuários, entre outros.
“O governo está atravessado na garganta há muito tempo. Deixar os outros sem nada está incomodando e gerando indignação como eu não via há muito tempo”, afirmou Marques.
Na Receita, mais de 600 servidores entregaram seus de cargo de chefia. Além disso, 44 servidores entregaram os cargos de conselheiros do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), responsável por julgar disputas tributárias entre a União e contribuintes).
“Entendemos que a situação atual se mostra incompatível com o exercício das nossas funções, pelo que solicitamos a dispensa do mandato público que ou desempenhamos”, afirmaram os servidores em carta.
(Brasil 247).