Eleições 2012

Justiça Eleitoral implantará novo sistema para impedir identificação de ordem dos votos

De olho na segurança, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está desenvolvendo, para o pleito deste ano, um novo sistema de garantia de sigilo do voto. A estratégia utilizada no programa que pode ir às urnas no dia 7 de outubro é a de armazenar de forma aleatória os votos, sem registrar a ordem em que foram computados.

A necessidade de reforçar a aleatoriedade da sequência dos registros surgiu dos testes dos equipamentos e sistemas realizados em março deste ano pelo TSE, único órgão eleitoral do mundo a realizar provas dessa natureza. O objetivo é impedir que haja tentativa de reconstrução da ordem de votação, impossibilitando, por exemplo, o uso dos dados das urnas para deduzir a escolha dos eleitores – por compra de voto ou razão de outras naturezas.

Durante o processo em que foi encontrada a brecha, servidores da Universidade de Brasília (UnB) conseguiram refazer a ordem dos votos, mas não identificaram, efetivamente, quem os realizou. Na ocasião, 24 investigadores, divididos em nove grupos de trabalho distintos, participaram da simulação na sede da Corte Eleitoral.

O Tribunal Superior Eleitoral é o único órgão eleitoral do mundo a realizar testes de segurança dessa natureza

“O teste de segurança tem exatamente esse objetivo: identificar potenciais fragilidades em alguns pontos do sistema [eletrônico de voto], principalmente no que concerne à segurança”, explica o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino. O novo programa está, agora, disponível na Corte Eleitoral para análise dos partidos políticos, Ministério Público (MP) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Antes de ser disponibilizado para esses grupos, no entanto, o sistema passou por uma prova de fogo. Segundo a Justiça Eleitoral, baterias exaustivas de testes foram aplicadas, utilizando técnicas internacionais como a “DieHappy”, que verifica a efetividade do embaralhamento dos dados.

De acordo com o próprio Tribunal Superior Eleitoral, a proposta é melhorar os softwares e equipamentos utilizados a cada eleição, seguindo, inclusive, padrões do Instituto de Padronização Norte-Americano em Tecnologia da Informação (NIST, na sigla em inglês). “Por meio do nosso relacionamento institucional com o meio acadêmico e instituições de especialistas em segurança, conseguimos adotar uma solução com qualidade”, garante o secretário Janino.

Fonte: NE10

Blog do Banana

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