Técnicos da Seiva do Vale destacam que estruturação do solo também ajuda
Há quatro anos a equipe técnica da Seiva do Vale observou que cerca de 95% dos nutrientes oferecidos pelos adubos usados pelos produtores no Vale do São Francisco ‘fixam’ no solo. Elemento fixado no solo é como o prato de comida que a pessoa não tem como comer: ele não chega onde precisa na planta para fazer as funções que levam à produção dos frutos. Isso é gerado por um desequilíbrio na absorção dos nutrientes por parte da planta, o que pode ser corrigido utilizando tecnologia de ponta, com adubos que garantem 100% de absorção.
A observação dos técnicos da Seiva do Vale foi feita a partir do cruzamento dos resultados das análises do solo e das folhas. Isso tornou possível perceber que mesmo com um solo equilibrado nutricionalmente, por exemplo, muitas vezes as folhas estavam apresentando índices baixos de elementos importantes, que não estavam sendo transferidos para a planta. São essas análises que indicam o que precisa ser feito para corrigir o desequilíbrio.
Se a questão é a falta de algum elemento no solo, a indicação da equipe técnica é apostar em um adubo líquido, uma tecnologia portuguesa que é distribuída desde 2019 pela Seiva no Vale do São Francisco. É possível também investir no uso de matéria orgânica combinada com produtos ativadores para melhorar as condições nutricionais do solo.
Adubo líquido
Um adubo líquido produzido com tecnologia que promove absorção superior a 100% dos nutrientes é o que entrega o produto desenvolvido pela empresa portuguesa Tecniferti e distribuído pela Seiva do Vale desde 2019 aos produtores do Vale do São Francisco. Essa conta que parece desafiar a matemática tem explicação: primeiro, ele fornece todos os nutrientes necessários à planta e favorece a absorção total destes nutrientes, mas um efeito adicional é a absorção extra do que estava fixado no solo.
A equipe técnica da Seiva destaca quatro características do produto que favorecem esse resultado. Uma delas é que o fertilizante é complexado com matéria orgânica, que representa 35% de seu volume. Além disso, ele também tem baixo índice salino, o que facilita a absorção, e contém um gel que impede que o produto se perca volatizando e seja, sendo eliminado na atmosfera. A quarta característica é que o adubo não lixivia, seguindo para o lençol freático. Basta um ciclo de produção da cultura para o produtor perceber a diferença.
Matéria orgânica e produto ativador
Uma combinação de material orgânico e produtos que ativam as características mais benéficas deste material é uma das formas possíveis para garantir um reequilíbrio nutricional da planta. O princípio se baseia em garantir a presença de carbono e de microbiologia, ambos podem ser encontrados em diversos tipos de matéria orgânica.
Quando a análise indica desequilíbrio, é possível investir na melhoria da qualidade da matéria orgânica e no uso de produtos conhecidos como ativadores, que aceleram o processo de disponibilização dos nutrientes já presentes no solo. O que seguindo o tempo da natureza levaria mais tempo, acontece de forma mais dinâmica com estes aditivos.
(G1)