Dia Nacional do Surdo: público na rede municipal de ensino de Juazeiro conta com ampla assistência para garantia do direito à educação

Por Ricardo Banana
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No dia 26 de setembro é celebrado o “Dia Nacional do Surdo”, data que marca a criação da primeira escola de surdos no Brasil, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), reforçando a necessidade de construir políticas públicas para a inclusão social do segmento, inclusive, a partir do âmbito educacional. A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), tem investido em iniciativas que promovem a inclusão e o respeito à cidadania nas escolas e demais ambientes educacionais na rede municipal de ensino, e neste dia, celebra a data com as diversas iniciativas já adotadas.

A rede municipal conta com mais de 30 alunos surdos matriculados. Para garantir o direito à educação e o efetivo aprendizado, os alunos surdos, que já possuem o conhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras), contam com intérpretes que fazem a interpretação das aulas em sala de aula, bem como das demais atividades pedagógicas realizadas nas escolas.

Além disso, os alunos também têm à disposição o apoio dos professores que atuam especificamente com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) em Libras, que visa o aperfeiçoamento e complementação à prática pedagógica da sala de aula regular. São oferecidos até três encontros semanais para que os estudantes sintam-se inseridos e auxiliados no desenvolvimento das atividades acadêmicas.

Para aqueles que ainda não possuem o domínio da Libras, é ofertado um instrutor para ajudá-los a adquirir e melhorar as habilidades linguísticas, bem como o apoio do AEE,  no contraturno da aula regular, para complementar o aprendizado dentro das especificidades linguísticas de cada um.

A professora de Libras na rede municipal de Juazeiro, Galtame Gabriela Targino de Assis destacou a importância da língua e de atender a diversidade linguística do surdo. “Na Educação Bilíngue para Surdos, a Libras é o principal meio de interação, comunicação e elaboração das atividades. Segundo a legislação, essa modalidade educacional pode ocorrer em escolas ou classes bilíngues, que também são inclusivas. Dessa maneira, para se trabalhar nessas classes precisa-se organizar as aulas de maneira a atender a diversidade linguística do sujeito surdo”, finalizou a professora.

Materiais didáticos especiais

Em sala de aula, os professores também dispõem de materiais didáticos especiais e inovadores, alguns confeccionados pelos próprios profissionais, utilizados pelos alunos na Sala de Recursos, ambiente pedagogicamente pensado para acolher alunos com necessidades especiais. A TV Escola Juazeiro, mais um instrumento pedagógico utilizado na rede municipal de ensino, também dispõe de recursos que garantem a promoção da acessibilidade, como legendas e tradução em Libras na programação.

Para além da sala de aula, a Seduc dispõe ainda de um Núcleo de Atendimento Educacional Especializado (Napsi), composto por psicólogos e psicopedagogos para atender os alunos com necessidades especiais, inclusive a comunidade surda.

Jumária Monteiro, coordenadora do Napsi, ressaltou a importância de promover as diversas formas de assistência aos alunos com necessidades especiais. “A Seduc busca sempre articular ações e iniciativas que tragam bem-estar para esses alunos e tornem a experiência em sala de aula mais proveitosa, a partir dessa ampla assistência. Além disso, nós também apoiamos iniciativas voltadas à inclusão da comunidade surda, como a Associação dos Surdos de Juazeiro”, explicou.

Brena Souza – Ascom/Seduc/PMJ
Fernanda Barros – Secretária de Comunicação PMJ

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