Neste Dia Mundial do Ceratocone (10 de novembro), a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina reforça a importância dos cuidados com a visão. Essa é uma doença genética rara, de caráter hereditário e evolução lenta. Sua principal característica é a redução progressiva da espessura da parte central da córnea, que é empurrada para fora, formando uma saliência com o formato aproximado de um cone.
A doença geralmente se manifesta entre os 10 e os 25 anos de idade, mas pode progredir até os 40 anos ou estabilizar-se com o tempo. Pode, ainda, atingir os dois olhos de maneira assimétrica, ou seja, afetando mais um olho do que o outro.
Ainda não se conhece a causa exata da ceratocone, mas, possivelmente, as alterações na superfície da córnea sejam resultado de inúmeros fatores que contribuem para a perda de elementos estruturais dessa membrana e vão desde a queda do colágeno até o ato de esfregar ou coçar os olhos com frequência.
Por isso, o risco de desenvolver ceratocone é maior nos pacientes alérgicos, que sentem muita coceira nos olhos. Ele também está presente em pessoas com Síndrome de Down ou com alterações oculares congênitas, como a catarata e a esclerótica azul (parte branca do olho), por exemplo.
De acordo com o oftalmologista da UPAE Petrolina, Dr. Francisco Ferraz, os principais sintomas variam de acordo com as fases da doença. O mais característico é a perda progressiva da visão, que se torna borrada e distorcida (tanto para longe quanto para perto), mas também podem incluir sensibilidade à luz; comprometimento da visão noturna; visão dupla; formação de múltiplas imagens.
“O ideal é procurar um serviço de saúde especializado ao primeiro sinal de problema. Quanto antes descobrimos o problema, mais fácil tratá-lo. Por isso, as consultas preventivas com o oftalmologista são tão importantes”, reforça o médico.