No Dia Mundial do Braille, Prefeitura de Juazeiro celebra ações assertivas para o desenvolvimento de práticas inclusivas e de respeito às diferenças

Por Ricardo Banana
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Nesta quarta-feira (04), é comemorado o Dia Mundial do Braille, data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU), para homenagear o aniversário do francês Louis Braille, criador do sistema de leitura e escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com pouca visão. Em comemoração a esta conquista, a Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), celebra ações assertivas no desenvolvimento de práticas inclusivas e de respeito às diferenças.
Professora brailista, e também pessoa cega, Sirlene Caxias, comentou sobre a importância do Braille enquanto instrumento de inclusão. “É um sistema de grande contribuição para a pessoa cega ou com baixa visão, porque permite o contato direto com a leitura e escrita, sendo uma ferramenta de acessibilidade que veio contribuir para o desenvolvimento socioeducacional desse público. O profissional com deficiência visual, pode ser tão competente e capacitado quanto qualquer outro profissional, desde que seja respeitado em suas limitações, e tenha seu potencial devidamente valorizado”, disse Sirlene.
Ainda segundo a professora brailista, a educação tem atuado como ferramenta de transformação. “Hoje em dia, através da educação, o Braille é ensinado por brailistas, profissional capacitado para o atendimento educacional especializado, que conta com salas de recursos multifuncionais, possibilitando que o sistema Braille seja ensinado a crianças, jovens e adultos, abrindo portas para a comunicação de pessoas com deficiência visual”, complementou Sirlene.
O conselheiro do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, João Prazeres, enfatizou a importância do sistema Braille diante da evolução e diversidade de artifícios tecnológicos. “O sistema Braille, introduzido no Brasil em 1854, embora tenha passado por algumas atualizações, permanece sendo o principal método de aprendizagem de leitura e escrita para pessoas cegas ou com baixa visão. As novas tecnologias não retiram do Braille a sua importância, ao contrário, somam novos recursos e possibilidades à inclusão de pessoas com deficiência visual”, concluiu João.
Inclusão
De acordo com Jumária Monteiro da Costa, professora brailista da rede municipal de ensino, e coordenadora do Núcleo de Apoio Psicossocial e Inclusão (Napsi) da Seduc, a gestão municipal tem apostado em parcerias assertivas e iniciativas que viabilizam o processo de inclusão. “Além do Núcleo de Apoio Psicossocial e Inclusão, e do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, a gestão municipal tem investido em profissionais de Atendimento Educacional Especializado (AEE), brailistas, e intérprete de libras. Somado a isto, são oferecidos cursos de capacitação para profissionais da rede municipal de ensino, inclusão de estudantes com baixa visão, cegueira e demais deficiências nas escolas municipais que, no intuito de melhorar a acessibilidade no ambiente escolar, algumas unidades receberam adequações estruturais e materiais de base”, falou Jumária.
“Além disso, foram realizadas ações como a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, incluindo ações sobre o direito à cidadania e inclusão social, em parceria com instituições como Associação de Amigos do Autista do Vale do São Francisco (Aamavasf), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), através do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), Grupo de Pessoas com Síndromes Raras (Grupo Raros), entre tantas outras práticas inclusivas”, finalizou a coordenadora do Napsi.
Texto: Camila Santana – Ascom/Seduc/PMJ

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