O Diário Oficial da União de ontem (16) trouxe a nomeação do professor Julianeli Tolentino de Lima como Reitor Pro Tempore da Universidade do Vale do São Francisco – Univasf. Na mesma publicação há a dispensa do interventor Paulo César Fagundes Neves, nomeado em 2020 pelo ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que não considerou a lista tríplice. “Parabenizo a comunidade acadêmica pela vitória da luta e da resistência”, comemorou a senadora Teresa Leitão.
O governo Bolsonaro realizou diversas nomeações em universidades públicas e institutos técnicos federais sem respeitar a lista tríplice. “O governo passado sempre atacou a Educação, os profissionais e as instituições da Educação. A escolha de interventores nas universidades e IFs é um claro ataque à autonomia das instituições. Agora a democracia e o respeito às instituições estão de volta, com o governo Lula”, esclareceu Teresa Leitão.
Julianeli Tolentino de Lima foi reitor da Univasf por dois mandatos consecutivos, no período de 2012/2020. Ele foi nomeado pela então presidenta Dilma Rousseff obedecendo à escolha da comunidade acadêmica, em novembro de 2011, quando obteve 60,02% dos votos. O seu nome foi o primeiro indicado na Lista Tríplice que foi encaminhada ao Ministério da Educação (MEC). A recondução aconteceu também com o aval acadêmico.
Em 2020, por ocasião da escolha do novo reitor, o professor Telio Leite foi o escolhido pela comunidade acadêmica e pelo Conselho Universitário. Porém, uma das chapas contestou judicialmente o resultado, e o então ministro Abraham Weintraub nomeou o interventor que administrou a Univasf até ontem, 16 de janeiro. No governo Bolsonaro, cerca de 20 instituições federais de ensino tiveram interventores que não estavam em primeiro na lista tríplice, ou sequer participaram do processo de escolha nas instituições.