Em entrevista, Miguel Coelho fala sobre a construção do cenário político de Recife para as eleições de 2024 e disse que o diálogo passa pelo União Brasil

Por Ricardo Banana
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Miguel Coelho participou, na manhã desta quinta-feira (20), do programa “Debate do Super Manhã” da Rádio Jornal. A pauta foi as Eleições do Recife e contou com a apresentação dos jornalistas, Natália Ribeiro e Jamildo Melo, além do deputado federal Eduardo da Fonte.

No programa, Miguel iniciou lembrando que, após o período eleitoral de 2022, está cuidando de outras atividades, mas sempre observando e fazendo política. “Quem gosta de política e faz por acreditar, nunca sai, e também não precisa de mandato para fazer política. Estamos abertos para discutir novos caminhos para Pernambuco”, enfatizou.

Eleições de 2024

Sobre as pautas que perpassam o ambiente político para as eleições municipais da capital, o ex-prefeito de Petrolina e ex-deputado estadual também respondeu uma pergunta sobre a avaliação dos três primeiros meses de Raquel Lyra e destacou que ainda é cedo para fazer juízo de valor. “Raquel tenta imprimir uma marca que ainda não conseguiu, e é natural, pois superou um governo de 16 anos do PSB. Acho que a gente tem que dar tempo ao tempo. A população vai julgá-la muito mais pela questão dos resultados administrativos”, complementou.

Durante o debate, Miguel elencou que Recife passa por diversas dificuldades em muitas áreas como, por exemplo, na mobilidade, com o metrô; água e esgoto com a Compesa; da segurança e do desemprego. “Recife é uma das capitais mais pobres de todo o Brasil, então essas pautas merecem ser debatidas não só pela classe política, mas por toda a sociedade em busca de um novo caminho e uma nova rota para melhorar”, destacou.

União Brasil

Ele também reforçou, junto à bancada dos jornalistas, que o debate do pleito de 2024 também passa pelo União Brasil. “O União Brasil é um partido plural, grande e, portanto, tem uma responsabilidade não só ao nível nacional, mas também ao nível estadual. Temos três deputados federais, cinco deputados estaduais, uma boa quantidade de prefeitos e vereadores. Então, não podemos nos furtar dessa responsabilidade”, disse.

Em uma de suas falas, o deputado Eduardo da Fonte destacou que Miguel é um nome que pode estar sendo analisado para concorrer às eleições. Miguel agradeceu a menção e destacou sua relação com o Recife e o perfil de gestor que a cidade precisa. “A população do Recife está de uma certa forma impaciente querendo resolver seus problemas, mas também quer alguém que traga bagagem política, administrativa e que faça a política do resultado, da melhoria da vida das pessoas. Então, acho que todos os cenários estão abertos, as composições partidárias serão fundamentais para que isso possa ser uma frente representativa de apoio”, comentou.

“A eleição de governador de 2022 me conectou mais com o Recife. Eu andei por esses morros todos da região metropolitana e eu pude ver, não só o Recife da beira-mar, mas o Recife da periferia que falta água, saneamento, creche, posto de saúde, que a pessoa leva três ou quatro horas por dia para chegar e voltar do seu trabalho, de um metrô quebrado, dos morros controlados por milícias ou traficantes e essa é uma realidade, infelizmente”, salientou.

“Então, se a gente não ficar sensibilizado com problemas dessa magnitude, a gente está no ramo errado da política. É óbvio que eu me importo com o Recife, penso em poder ajudar de qualquer maneira que seja possível. O União Brasil vai chegar forte, vai chegar com um posicionamento muito bem definido, no tocante ao Recife, já é um diretório municipal, onde Mendonça é o presidente. Então, no tempo certo, a gente vai se posicionar.”, finalizou.

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